sábado, 30 de abril de 2011

Novo presidente petista recebeu doações de réus do Mensalão do PT

Ligado ao ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), o novo presidente do PT, Rui Falcão, recebeu doações de outros dois réus do Mensalão do PT em sua campanha à reeleição como deputado estadual em São Paulo, no ano passado. O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) e o ex-deputado federal  José Genoino (PT-SP) fizeram contribuições que somam pouco mais de R$ 16.500,00 segundo sua prestação de contas à Justiça Eleitoral. O deputado José Mentor (PT-SP), que também foi investigado pela CPI dos Correios por receber dinheiro do propinoduto petista também chamado de "valerioduto", integra a lista com R$ 5.710,00 em doações. Os valores são modestos diante dos R$ 2,55 milhões arrecadados por Falcão, mas demonstram sua proximidade de petistas envolvidos no escândalo e reabilitados recentemente pelo partido. Ele assumiu o comando do partido no dia em que a sigla aprovou a volta do ex-tesoureiro Delúbio Soares, acusado de operar o Mensalão do PT. Falcão teve a maior parte das despesas eleitorais bancada por empreiteiras e pela cúpula do PT. Nove construtoras doaram R$ 1,15 milhão (45% da receita total), e o partido, mais R$ 1,02 milhão. As contribuições atribuídas à legenda caracterizam as chamadas doações ocultas: não é possível saber a origem real do dinheiro. O deputado estadual foi eleito para o quarto mandato com 174 mil votos. Controla a primeira-secretaria da Assembléia Legislativa, responsável pela administração e pelos contratos da Casa. Na luta armada contra a ditadura militar, Falcão militou no Colina e na VAR-Palmares, junto à presidente Dilma Rousseff. Foi torturado e ficou preso três anos. Antes disso tinha sido militante do POC (Partido Operário Comunista). Fundador do PT, coordenou a campanha de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo em 2000 e foi seu secretário de governo. Em 2010, chegou a integrar a coordenação da campanha de Dilma, mas foi afastado após o vazamento do dossiê com informações sigilosas contra tucanos. Ele nega envolvimento no caso.

Um comentário:

Alberto disse...

O pior de tudo é ter que aturar o ex-presidente Lula falando que o Mensalão "nunca existiu"...