quinta-feira, 7 de abril de 2011

Médicos de todo o País protestaram nesta quinta-feira contra a remuneração dos planos de saúde

Em vez de ser no consultório, nesta quinta, o expediente de muitos médicos conveniados a planos de saúde foi na rua. O protesto ocorreu em todas as regiões do País. Em São Paulo, os médicos fizeram uma passeata no centro da capital. Os médicos alegam que as empresas de planos de saúde interferem indevidamente no trabalho deles e citam como exemplos o cancelamento de consultas, o não pagamento de certos procedimentos e a pressão para que os médicos não peçam exames sofisticados, que custam mais caro. Os médicos também reclamam dos valores que recebem das operadoras e dizem que não há critérios para reajustes. De acordo com a Federação Nacional dos Médicos, eles recebem por consulta R$ 39,65 em média. Para fazer um ele trocardiograma, R$ 16,20. E para imobilizar uma perna ou um braço, R$ 8,05. “Está muito difícil, ao longo dos últimos dez anos, as empresas não repassaram aos médicos os reajustes que eles aplicaram às mensalidades de seus beneficiários”, diz o diretor da Associação Médica Brasileira, Florisval Meinão. Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar, que regula os planos de saúde, mostram que em seis anos o faturamento anual das operadoras cresceu 129%, enquanto o valor médio das consultas subiu 44%. A ANS declarou que busca um entendimento entre operadoras e prestadores de serviços de saúde.

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