quinta-feira, 14 de abril de 2011

Governo negocia reduzir ritmo de obras em Jirau e demissões em massa

Na tentativa de amenizar o clima de tensão nas áreas de construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, governo, empresários e sindicalistas negociam a redução do ritmo das obras e a possibilidade de demissão de trabalhadores. Com isso, deve ser fechado um terceiro cronograma para a entrega dos empreendimentos. Pela previsão original, as obras deveriam ser entregues em janeiro de 2013, mas houve a antecipação para março de 2012, o que levou a empresa a contratar mais trabalhadores. Para o governo, a ampliação no número de trabalhadores pode ter resultado na tensão no local, com a paralisação dos trabalhadores e os conflitos. Resumindo: o governo petista de Dilma Rousseff quer demitir milhares de trabalhadores com medo de revoltas. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse que o novo cronograma deve ser elaborado por empresários e sindicalistas. "Muitas das obras, em Jirau e Santo Antonio, vão diminuir o ritmo até por solicitação dos sindicatos e do próprio governo. É um contingente muito exagerado de trabalhador que fica sem controle. Os empresários querem antecipar a obra, mas queremos que seja cumprido o cronograma estabelecido", disse ele. Lupi disse que ainda não é possível avaliar o número de demissões e que uma radiografia exata das obras está sendo levantada. São 16 mil trabalhadores em Santo Antonio e cerca de 20 mil em Jirau. Segundo o ministro do Trabalho, o governo também deve anunciar em dois meses um marco regulatório para as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que envolveria ainda, por exemplo, Pecém (CE) e Suape (PE), que também enfrentaram paralisações por melhores condições de trabalho. Carlos Lupi reconheceu que há desrespeito aos direitos trabalhistas e que, em alguns casos, há violação dos direitos humanos. Segundo o representante da Confederação Nacional dos Sindicatos da Construção e Madeira da CUT, Luiz Carlos de José Queiroz, existe uma preocupação com demissões em massa: "Esperamos um ritmo mais adequado e com boas condições de trabalho para todos. Mas há preocupação com demissão em grande escala. A região está explosiva".

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