segunda-feira, 4 de abril de 2011

A farsa da condenação de Israel no Conselho de Direitos Humanos da ONU

No dia 3 de janeiro de 2009, o governo de Israel deu início à ofensiva contra a Faixa de Gaza, governada pela organização terrorista Hamas. Era uma resposta aos milhares de foguetes que o grupo terrorista disparava, e dispara ainda, contra o país. Israel, agredido, tinha e tem o direito de se defender. A imprensa mundial, majoritariamente esquerdopata e antiisraelense, gritava: “Crimes de guerra! Ação desproporcional!” Por “desproporcional”, queriam dizer que os foguetes do Hamas matavam poucos israelense. Os relatos da imprensa ocidental, quase todos, tinham origem em fontes palestinas, sobretudo nas chamadas “organizações humanitárias”, supostos médicos descompromissados, que estariam em Gaza com o único propósito de ajudar a população civil. Fazia-se de conta que o Hamas não se apresenta à população, antes de tudo, como uma organização humanitária! As coisas ficaram feias para valer com o chamado “Relatório Goldstone”, em outubro de 2009. O texto, com efeito, acusava tanto Israel como o Hamas de cometer “crimes de guerra”, mas a censura ao grupo terrorista era não mais do que lateral. Quem apanhava mesmo era o país agredido. O Brasil votou a favor do chamado Relatório Goldstone. O texto foi aprovado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, composto de 47 membros, por 25 votos a 6 e 11 abstenções. Cinco países se negaram até a votar. O nome do relatório é uma referência ao juiz sul-africano Richard Goldstone. Entre outras canalhices, o relatório omitiu as evidências de que o Hamas usou a população palestina como escudo. O conselho que aprovou esse relatório era composto pela ditadura do Egito, por Angola, Bangladesh, China, Cuba, Gabão, tudo países muito democratas, como se sabe. Agora, na última sexta-feira, o juiz sul-africano Richard Goldstone, o mesmo que redigiu o relatório que levou à condenação de Israel, escreveu um artigo no Washington Post em que, na prática, se desculpa por seu relatório. Em um espetacular recuo, como nunca se viu nesses casos, ele afirma que, se soubesse em 2009 o que sabe hoje, seu texto teria sido outro. Goldstone está dizendo: 1 - Sabe-se muito mais agora do que se sabia quando ele fez o relatório a pedido da ONU; hoje, o texto seria outro;  2 - O relatório final, da juíza Mary McGowan Davis, que se seguiu ao seu, reconhece que Israel tem feito esforços e investido recursos para apurar as acusações de má conduta; já o Hamas, até agora, não fez investigação nenhuma; 3 - O relatório aponta evidências de possíveis crimes de guerra tanto de Israel quanto do Hamas; 4 - As acusações de que Israel atacou civis intencionalmente foram feitas com base em relatos de campo, a partir da constatação de mortos e feridos; parecia não haver outra conclusão possível; apurações posteriores reforçam alguns incidentes apontados naquela apuração de campo, mas indicam que os civis não eram alvos intencionais das forças israelenses (ou seja: o núcleo do relatório é falso);
5 - O caso mais grave do relatório, a morte de 29 membros da família al-Simouni, tudo indica, foi mesmo decorrente de um erro de interpretação de um soldado, mas o caso está sendo investigado de maneira adequada, ainda que o processo seja lento; 6 - Goldstone saúda a disposição de Israel de fazer a investigação, endossa preocupação do relatório McGowan, segundo o qual poucos casos foram investigados até agora, diz que as apurações de Israel não negam a morte de civis, mas reconhece que eles não tinham evidências de que os civis foram alvos deliberados das ações israelenses, conforme consta do relatório; 7 - Goldstone chega a dizer que a falta de colaboração de Israel com a investigação acabou impedindo a tal comissão de distinguir, entre os mortos, quantos eram realmente civis e quantos eram combatentes; 8 - Goldstone diz que o objetivo nunca foi condenar Israel por princípio, reconhece que a resolução da ONU que pediu a investigação tinha um viés antiisraelense e que ele sempre achou que Israel tem o direito de se defender dos ataques externos (Hamas) e internos (terrorismo dentro do país). Tentando salvar um pouco a honra do seu relatório, exalta o fato de que ele foi o primeiro a reconhecer também as culpas do Hamas; 9 - Goldstone diz que o seu relatório nunca foi um processo judicial, mas uma conclamação para que cada parte procedesse à devida investigação (o relatório McGowan admite que Israel está fazendo a sua parte; o terrorista Hamas não está fazendo nada); 10 - Goldstone diz que alguns acusam a ingenuidade do seu relatório ao supor que o Hamas, que quer destruir Israel, faria uma investigação; o juiz confessa a esperança de que o Hamas pudesse fazê-lo, especialmente se Israel cumprisse a sua parte. Ele diz que esperava, quando menos, que o grupo reduzisse os ataques a Israel. “Infelizmente, não foi o caso”, constata o pateta sul-africano. E, agora, sim, diz queo fato de Hamas matar poucos israelenses com seus foguetes não muda a natureza do seu crime, o que merece uma condenação mais forte da ONU; .11 - No fim das contas, pedir ao Hamas que investigue os próprios crimes é perda de tempo; a ONU deveria exigir que a morte recente,  a sangue frio, de um casal israelense e seus três filhos, degolados enquanto dormiam (foi assassinado inclusive um nenê de quatro meses) fosse investigada; 12 - Goldstone tenta salvar alguma coisa de seu relatório; diz que ele contribui para que se tomem cuidados adicionais nas guerras em áreas urbanas, limitando o uso de fósforo branco; que levou a Autoridade Nacional Palestina a investigar os crimes praticados na Cisjordânia pelas forças do Fatah contra o Hamas, mas que o Hamas, em Gaza, não fez absolutamente nada para apurar as acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade; 13 - O Hamas não está menos obrigado a seguir determinados procedimentos na guerra do que Israel; é preciso que todas as forças cooperem para proteger os civis". Israel exigiu no domingo a anulação do Relatório Goldstone. “O relatório tem de ir para a lata de lixo da história”, afirmou Binyamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel. Tem razão. “Nos nunca atacamos civis de forma deliberada, enquanto o Hamas nunca verificou quem iria ser atingido. Está certo de novo! Aquele que acusou Israel agora reconhece isso". Não basta um artigo no Washington Post para repor a verdade. Agora, os patetas petista do Brasil, como Lula e Celso Amorim, votaram a favor desse ridículo relatório que agora é renegado por seu próprio autor.

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