quinta-feira, 21 de abril de 2011

Dilma compara inconfidentes mineiros com combate à ditadura

A presidente Dilma Rousseff participou na quinta-feira das homenagens do Dia de Tiradentes, em Ouro Preto (MG), e traçou paralelos entre a luta dos inconfidentes mineiros no século 18 e o combate à ditadura militar (1964-1985). Os restos mortais de três inconfidentes foram sepultados ao lado de outros mártires no museu que existe na cidade em homenagem ao movimento. O museu fica em frente à praça onde partes do corpo de Tiradentes foram expostas à população em 1789. Dilma lembrou que os inconfidentes que tiveram os corpos recém-sepultados morreram na África e disse: "Eles foram exilados por haverem se atrevido a desejar um Brasil independente. Na nossa história, muitos tiveram que se exilar por desejar também liberdade e democracia". A presidente Dilma cometeu um erro: os inconfidentes não foram exilados, foram degredados. A presidente disse ainda que cada conquista do povo brasileiro é reflexo do sonho dos inconfidentes e lembrou de sua prisão pelos militares: "Os brasileiros e brasileiras que, como eu, sofreram na pele os efeitos da privação de liberdade sabem o quanto a democracia institucional faz falta quando desaparece". Após a cerimônia, a presidente, ministros e outras autoridades seguiram para um almoço na fazenda do ex-ministro Walfrido dos Mares Guia. No cardápio, especialidades da cozinha mineira, como pernil de leitoa caipira, taioba e purê de banana da terra. Como sobremesa, doces de Paracatu e Pará de Minas. Como é boa a vida de autoridade no Brasil.

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