quarta-feira, 6 de abril de 2011

Conselheiro pede vista e CNMP posterga decisão sobre processo do Mensalão de Brasília

O primeiro julgamento do Mensalão de Brasília foi interrompido depois de seis horas por um pedido de vista. O CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) analisa a conduta de dois promotores acusados de receber propina e favorecer o ex-governador José Roberto Arruda, acusado de ser o chefe do esquema. O relator do processo, conselheiro Luis Moreira, votou pela suspensão do procurador Leonardo Bandarra, chefe do Ministério Público quando o Mensalão de Brasilia operava, e da promotora Déborah Guerner. Eles já estão afastados. O relatório pede ainda que a Procuradoria Geral da República entre na Justiça com o pedido de demissão contra eles. Para o relator, eles devem ser condenados administrativamente pelo CNMP por "violação do sigilo profissional com a solicitação e obtenção de recompensa" e a "exigência de pecúnia". Durante o julgamento, Déborah Guerner, que alega insanidade mental, protagonizou cenas de gritaria no conselho: "Onde estão os políticos? Cadê a denúncia do Mensalão do DEM", gritava ela. Após a argumentação dos advogados, o conselheiro Achiles Siquara pediu vistas para analisar os depoimentos. Os conselheiros Bruno Dantas e Almino Afonso decidiram antecipar o voto e acompanhar o relator. O julgamento deve ser retomado em maio.

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