quarta-feira, 9 de março de 2011

Relatório do governo dos Estados Unidos sobre drogas escancara o Brasil

Um relatório do "United States Department of State - Bureau for International Narcotics and Law Enforcement Affairs International Narcotics Control -Strategy Report- Volume I- Drug and Chemical Control" revela a situação do narcotráfico no Brasil, além do consumo de drogas, e no resto do mundo. Se você quiser ler na íntegra o relatório, clique aqui. Diz o relatório que o Paraguai continua sendo o principal fornecedor de maconha do Brasil. A cocaína entra no Brasil por terra, rio, e através de pequenas aeronaves da Bolívia, Peru e Colômbia com destino a África e Europa. O Brasil é o maior consumidor de drogas na América do Sul e o consumo está aumentando. O Relatório Mundial sobre Drogas diz que o Brasil tem 900 mil usuários de cocaína. Geralmente, a cocaína e o crack de origem boliviana que entram no Brasil são distribuídas e consumidas internamente, enquanto a cocaína colombiana e peruana de alta qualidade transita pelo Brasil com destino a outros mercados, tais como noroeste da África e Europa. Os aeroportos internacionais do Brasil permanecem como pontos de partida comum para os que transportam as drogas no próprio corpo, ou na bagagem, ou através de carga aérea. Os portos brasileiros estão entre os mais movimentados do hemisfério e a transferência de droga através de containers e reservatórios é comum. A costa nordeste do Brasil é o ponto mais próximo da navegação transatlântica para a África Ocidental. A Polícia Federal Brasileira observa que as organizações criminosas muitas vezes utilizam a mesma rota para traficar êxtase e anfetaminas de volta para o Brasil. Foram descobertos onze laboratórios de cloridrato de cocaína e crack no lado brasileiro da fronteira boliviana e peruana pela Polícia Federal em 2010. Os laboratórios não eram sofisticados e processavam apenas pequenas quantidades de drogas. Em maio de 2010, agentes da Polícia Federal descobriram um laboratório no Estado de São Paulo e apreenderam equipamentos de processamento de cocaína, 225 quilos de cocaína refinada e 220 quilos de substâncias controladas, incluindo morfina e solventes. Luiz Fernando Correa, ex-diretor geral da Polícia Federal, declarou que os traficantes estão instalando seus laboratórios após a fronteira com a Bolívia, porque precursores químicos são mais fáceis de obter no Brasil. Alguns analistas acreditam que o aumento das apreensões de cocaína no Brasil também sugere que a cocaína em estado natural da Bolívia está sendo, cada vez mais, refinada no Brasil. Em abril de 2010, a Polícia Federal prendeu seis membros da Frente Primeira das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc - organização terrorista e traficante de cocaína) que faziam parte de uma organização de tráfico de drogas na região amazônica, transportando cocaína processada para Manaus, onde eles vendiam a outros traficantes para o transporte para os mercados europeus. Os indivíduos detidos estavam usando Manaus como base há mais de um ano. Em abril de 2010, a Polícia Federal prendeu o traficante colombiano Néstor Ramón Caro Chaparro, pseudônimo "El Duro", no Rio de Janeiro. O Departamento de Estado dos Estados Unidos tinha oferecido uma recompensa de US$ 5 milhões por informações que levassem à captura de El Duro. Em julho de 2010, a Polícia Federal prendeu Carlos Arias Cabral, o maior traficante de maconha do Paraguai. De acordo com autoridades paraguaias, Cabral foi o responsável pela maior parte da maconha que entra no mercado brasileiro. A Polícia Federal estima que até 1% da população brasileira pode usar cocaína ou crack, e que 2,6% usa maconha.

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