sexta-feira, 25 de março de 2011

Presidente da AES diz que Brasil é prioridade na América Latina

O Brasil é uma das prioridades do grupo AES para receber investimentos na América Latina e o projeto de construção de uma usina termelétrica a gás no interior de São Paulo é prova disso, afirmou o presidente da AES Brasil, Britaldo Soares, nesta sexta-feira. Segundo Soares, a companhia "está acompanhando o que está sendo publicado" sobre a consolidação do setor elétrico brasileiro e vai manter os investimentos no País. O executivo não comentou rumores sobre movimentos da AES em compra e venda de ativos. "O Brasil representa um terço do faturamento mundial da AES e é um dos países identificados como prioridade de investimento na América Latina, juntamente com o Chile", disse o executivo em teleconferência com jornalistas nesta sexta-feira. Os investimentos previstos para todo o grupo neste ano são da ordem de R$ 1,2 bilhão, sendo que R$ 720 milhões serão destinados à distribuidora Eletropaulo. O principal novo projeto da AES no Brasil é a usina Termo São Paulo, que deverá ser construída no município de Canas, a cerca de 200 quilômetros da capital. A usina terá capacidade de geração de 550 megawatts (MW). "O requerimento do governo de São Paulo de expansão da AES Tietê equivale a cerca de 400 MW, estamos em fase de licenciamento ambiental", disse Soares. O pedido de licença foi feito junto à Cetesb (órgão estadual responsável pelas licenças) em janeiro, e a estimativa é de que ainda este ano haja a concessão. Desta forma, o braço de geração de energia da AES poderá estar apto a participar do leilão que deverá ser promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nos últimos meses de 2011. Soares não descarta a possibilidade da AES Tietê participar de leilões de geração hidrelétrica que ocorram ainda este ano. "Depende do projeto, da possibilidade de retorno do investimento, mas nosso foco neste momento é a termelétrica", afirmou o presidente. O presidente da AES Brasil afirmou ainda que, dos R$ 720 milhões que a Eletropaulo deve investir em 2011, cerca de R$ 60 milhões será destinado à redução de perdas. No ano passado, o índice de perdas de energia da Eletropaulo foi de 10,9%, sendo 6,5% de perdas técnicas e 4,4%, comerciais. O índice do ano passado representou uma redução de 0,9% em relação a 2009. "Estamos trabalhando com um potencial de recuperação de 450 gigawatts-hora para 2011, o que representa uma redução de 0,4% ante 2010. Quando mais você reduz, mas difícil vai ficando", diz Soares.

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