quarta-feira, 9 de março de 2011

Prefeitura de Porto Alegre apresenta programa de Internet que permite acompanhamento em tempo real da coleta

Para apresentar o novo e inédito sistema de monitoramento dos caminhões da coleta domiciliar do lixo de Porto Alegre, o prefeito José Fortunati reuniu a imprensa na tarde desta quarta-feira. Na coletiva, foi demonstrado o serviço que está disponível para a população no site da prefeitura (www.portoalegre.rs.gov.br) e que não teve custo para o município, já que a modernização está prevista no contrato com a empresa que coleta o lixo. Se estava no contrato, que foi assinado há mais de três anos, por que até agora a prefeitura de Porto Alegre não havia exigido a cobrança desta obrigação contratual, que prevê a colocação de equipamento GPS em cada caminhão de lixo e monitoração online no DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Pública)? Fortunati falou das características da coleta domiciliar na cidade, que abrange mais de dez mil ruas e avenidas e atinge cerca de 1,1 mil toneladas por dia. “Este tipo de coleta tem dias e horários que precisam ser respeitados pela população, que agora vai poder acompanhar pela Internet onde o caminhão está. Isso dá mais transparência ao processo e mais qualidade ao serviço”, declarou o prefeito. O diretor-geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), coronel brigadiano reformado Mario Moncks, salientou que o novo sistema permite ao setor de fiscalização informações em tempo real e específicas de cada caminhão, como velocidade, e se ele está fazendo a coleta ou o transbordo do lixo. “Com isso, vamos monitorar todo o caminho do lixo, da frente da casa do cidadão até seu destino final”, disse o secretário. Para o diretor-presidente da Procempa, André Imar, a parceria entre os órgãos da prefeitura e a empresa que coleta o lixo está levando mais informação para a população sobre um serviço essencial. “Com essa ferramenta cada vez mais popular, que é a Internet, mais pessoas poderão acompanhar o andamento da coleta”, declarou Imar. Videversus pergunta: 1) quem desenvolveu o sistema de acompanhamento da coleta por GPS?; 2) o sistema é efetivamente acompanhado por GPS, como determina o contrato?; 3) quanto custou o desenvolvimento e implantação do sistema, e quem pagou estes custos?; 3) a prefeitura de Porto Alegre está processando a empresa Qualix-Sustentare para recuperar os valores fraudados durante mais de três anos, em que o sistema GPS, previsto em contrato, não esteve instalado nos caminhões? Ao final da coletiva, o prefeito José Fortunatti lembrou que o processo de conteinerização do lixo na área central deve entrar em operação ainda este ano. Serão, inicialmente, 1.200 contêineres que possibilitarão que o lixo seja colocado em qualquer horário pelo cidadão. Ele só esqueceu de informar aos jornalistas presentes e à população da capital gaúcha que esse processo de licitação está paralisado, sendo investigado pelo Tribunal de Contas e pelo Ministério Público Estadual, por denúncias de fraude.

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