domingo, 20 de março de 2011

Hillary diz ao Irã que "páre de interferir no Bahrein"

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, advertiu o Irã a parar de interferir no Bahrein e em outros países árabes na região do Golfo Pérsico. Falando a repórteres ao fim de um encontro de cúpula sobre a Líbia, em Paris, no sábado, Hillary afirmou que os Estados Unidos "têm um compromisso firme com a segurança do Golfo" e que "nossa prioridade máxima é trabalhar junto com nossos parceiros em torno de nossa preocupação com o comportamento do Irã na região". A declaração contrasta com a afirmação feita sábado passado pelo secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates. Durante visita a Manama, a capital do Bahrein, ele havia dito que "não temos nenhuma evidência que sugira que o Irã tenha iniciado nenhuma dessas revoluções populares ou manifestações na região". Manama é sede da 5ª Frota da Marinha dos Estados Unidos. Tropas da vizinha Arábia Saudita entraram no país nos últimos dias para ajudar a reprimir os protestos, deixando pelo menos 12 manifestantes mortos. A família real e a elite econômica do Bahrein são sunitas, mas a maioria da população é xiita. Hillary disse que o Bahrein tem um "direito soberano" de pedir ajuda das tropas sauditas, mas afirmou que a violência não é a forma de lidar com a situação. No campus da Universidade de Teerã, durante as orações muçulmanas da sexta-feira, o aiatolá iraniano Ahmad Jannati disse que "os irmãos e irmãs no Bahrein devem resistir ao inimigo até a vitória ou a morte". Os participantes da cerimônia gritaram frases como "Não há Deus senão Alá", e "Al Saud é inimigo de Deus", numa referência à família real saudita.

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