quarta-feira, 23 de março de 2011

Governo diz que tragédia custará US$ 309 bilhões aos cofres públicos do Japão

O Banco Central japonês estima que a recuperação nas sete províncias da região nordeste do país atingidas pelo terremoto e pelo tsunami do último dia 11 custe aos cofres públicos mais de US$ 309 bilhões (R$ 512 bilhões). Com isto, o governo do Japão espera que a taxa de crescimento econômico seja reduzida para 0.5% este ano. O resultado poderá ser pior, caso persistam os efeitos da crise nuclear na usina de Fukushima Daiichi. No entanto, segundo o ministro da Economia e Política Fiscal japonês, Kaoru Yosano, a pressão negativa poderá ser neutralizada pelo trabalho de reconstrução das cidades destruídas pelo terremoto e pelo tsunami. Já o Banco Mundial prevê que a recuperação da economia japonesa ganhará impulso apenas no final do ano, com um prejuízo estimado entre US$ 122 bilhões (R$ 202 bilhões) e US$ 235 bilhões (R$ 390 bilhoes). "A economia do Japão terá, obviamente, uma queda no primeiro trimestre", disse nesta quarta-feira o economista chefe do Banco Mundial, Justin Lin, durante um fórum econômico na China. "Após o período de reconstrução, que deve ocupar o segundo e terceiro trimestre, a economia terá um avanço", afirmou. Grandes indústrias japonesas como Sony, Toyota e Honda, anunciaram nesta semana a paralisação da produção, pelo menos até o final do mês. As principais dificuldades enfrentadas são escassez de peças, problemas de infraestrutura e cortes de energia elétrica. A Sony, uma das mais afetadas, reduziu a produção em cinco fábricas. "Se a escassez de componentes continuar, nós vamos considerar medidas alternativas, incluindo uma transferência da produção para o Exterior", anunciou a empresa em comunicado.

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