sexta-feira, 25 de março de 2011

Embraer decide em abril futuro de fábrica na China

A decisão sobre a manutenção ou não da linha de montagem da Embraer na China será tomada em abril, afirmou nesta sexta-feira o presidente da fabricante brasileira de jatos, Frederico Curado. A joint-venture chinesa da Embraer com a estatal China Aviation Industry Corporation II (Avic II), criada em dezembro de 2002, entregará o último avião ERJ-145 de 50 assentos que está em sua carteira de pedidos no próximo mês. A demanda por aviões desse porte vem caindo drasticamente em todo o mundo, diante da procura por aeronaves maiores. Sem novas encomendas, a fábrica chinesa ficaria ociosa a menos que passasse a produzir outros modelos. Segundo Curado, o destino da unidade na cidade de Harbin, capital da província chinesa de Heilongjiang, será conhecido durante ou logo após a visita da presidente Dilma Rousseff à China, em abril. O presidente da Embraer indicou ainda que, se a fábrica for mantida, a chance maior é que ela produza jatos executivos Legacy 450 -baseados na plataforma do ERJ-135. Inicialmente, o plano da Embraer era instalar na China uma linha de montagem para seu modelo Embraer 190, de 100 passageiros, mas a idéia enfrenta resistência do governo chinês, que está desenvolvendo um jato regional similar. Ele estima demanda de 10 a 15 aviões por ano na China por jatos executivos na categoria "midlight", em que o Legacy 450 está. Se não houver acordo com os chineses, o presidente da Embraer disse que a unidade em Harbin será imediatamente desativada, sem impacto financeiro para a companhia brasileira. As metas de entregas de aeronaves e receita da Embraer para 2011 não consideram contribuição da linha de montagem na China.

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