sexta-feira, 11 de março de 2011

Ditadura cubana anuncia libertação de outros nove presos fora do Grupo dos 75

A Igreja Católica de Cuba anunciou na noite de quinta-feira a libertação e transferência à Espanha de outros nove presos, nenhum deles integrante do "Grupo dos 75", prisioneiros de consciência que foram condenados na chamada "Primavera Negra" de 2003, dos quais quatro continuam presos. Um comunicado do Arcebispado de Havana anunciou a libertação de René Amor González, Jorge Luis Adán González, Fidel Francisco Rangel Sánchez, Osvel Vale Hernández, Randol Roca Mursuli, Juan Luis Rodríguez Desdín, Douglas Faxas Rosabal, Carlos Luis Díaz Fernández e Armando Alcántara Clavijo. Cinco desses nove presos aparecem nas listas de presos por motivos políticos da opositora Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional com penas de 2 a 25 anos de prisão. Entre os "crimes" pelos quais foram penalizados figuram pirataria, terrorismo, desacato à autoridade, posse ilegal de armas, saída ilegal da ilha, furto, evasão e desordens públicas. Fidel Francisco Rangel Sánchez foi detido em 2003 e do grupo anunciado nesta quinta-feira é o que tem a maior pena, de 25 anos, por terrorismo. Carlos Luis Díaz Fernández, preso em 1992, cumpria uma condenação de 19 anos por tentativa de saída ilegal do país, evasão, desacato e desobediência. No caso de Douglas Faxas Rosabal, detido em 2000, foi condenado a 20 anos de prisão por pirataria, porte ilegal de armas, infração de normas relativas ao serviço de guarda de combate e furto. René Amor González está preso desde 2005 e foi condenado a oito anos pelos delitos de desacato e destruição, enquanto Juan Luis Rodríguez Desdín foi preso em 2009 e sancionado a dois anos de prisão. Até este momento, chega a 94 o número de presos políticos cubanos que aceitaram a imposição da ditadura de um degredo na Espanha para sair da prisão em Cuba, e deles 40 são do Grupo dos 75, dissidentes considerados prisioneiros de consciência pela Anistia Internacional. Outros oito dissidentes do Grupo dos 75, que se negam a aceitar o degredo, foram libertados nos últimos meses e permanecem em Cuba.

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