quinta-feira, 24 de março de 2011

Coalizão militar da ONU diz que Força Aérea líbia está destruída

Após cinco dias de ataques a alvos da defesa do regime de Muamar Kadahfi, a coalizão liderada por Estados Unidos, França e Reino Unido conseguiu destruir a Força Aérea líbia, afirmou um oficial britânico. "A Força Aérea líbia efetivamente não existe mais enquanto força de combate, e o sistema integrado de defesa aérea e de comando e controle foi severamente danificado", disse Greg Bagwell, que comanda as operações aéreas britânicas na Líbia. Segundo Bagwell, as forças aliadas operam agora virtualmente imunes a ações de forças leais ao ditador líbio. O anúncio representa a quase conclusão de um dos objetivos da intervenção militar: a imposição da zona de exclusão aérea na Líbia. A medida visa evitar que as forças de Kadahfi promovam ataques contra bastiões rebeldes e sufoquem a revolta que tenta depor o ditador, cenário que se desenhava quando foi aprovada a ação na ONU, há uma semana. Nesta quarta-feira, as forças aliadas também atacaram tanques e artilharia líbia para debilitar a capacidade do regime de realizar ações contra civis, outro objetivo da missão. Para evitar especulações, o presidente americano, Barack Obama, voltou a descartar a eventual invasão por terra. "Está totalmente fora de questão", disse ele. No quinto dia de intervenção, a coalizão internacional concentrava ações, além da capital, Trípoli, nas cidades de Ajdabiyah e de Misrata. A primeira é o principal front de batalha entre os rebeldes que controlam o leste do país, baseados em Benghazi, e as forças oficiais. E Misrata é o principal reduto opositor na parte ocidental. A cidade, a terceira maior do país, é alvo de intensa ofensiva governista. Também ontem, embarcações da Otan começaram a patrulhar o litoral líbio para garantir o embargo da ONU ao país.

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