quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Vídeo de escrivã despida à força por delegados derruba corregedora da Polícia Civil de São Paulo

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, destituiu nesta quinta-feira de seu cargo a corregedora-geral da Polícia Civil, delegada Maria Inês Trefiglio Valente. Na manhã de quarta-feira, durante a reunião semanal do Conselho da Polícia Civil, a corregedora-geral, que apoiou a ação dos quatro delegados que investigaram a escrivã, foi pressionada publicamente a deixar o cargo por cinco dos 23 delegados da cúpula da instituição. A crise interna na Polícia Civil foi impulsionada porque a divulgação da gravação da operação policial foi destaque em todo o País. Os envolvidos foram afastados. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou, após a divulgação das imagens, que o vazamento do vídeo na internet era "grave". Os delegados acusados de abuso de autoridade foram afastados da Corregedoria pelo secretário Ferreira Pinto na segunda-feira. O caso aconteceu em junho de 2009. Ao longo dos 12 minutos do vídeo, a escrivã diz que os delegados poderiam revistá-la, mas que só retiraria a roupa para policiais femininas. Mas nenhuma investigadora da corregedoria foi até o local para acompanhar a operação. Ao final, o delegado Eduardo Filho, uma policial militar e uma guarda civil algemam a escrivã, retiram a roupa dela e "encontram" quatro notas de R$ 50,00. A escrivã foi presa em flagrante e, após responder a processo interno, acabou sendo demitida pela Polícia Civil. No mês seguinte, seus advogados recorreram da decisão. Veja a atuação do ilegal delegado no vídeo abaixo:

2 comentários:

André disse...

O vídeo não esta completo, ela simplesmente não queria ser revistada e estava tentando uma forma de se livrar da prova material. Além do mais, muito estranho esse "vazamento" do vídeo. Quem garante que não foi tramado pela defesa dela? Do jeito que mostra, fica fácil se indignar com os policiais, tentar invalidar a prova de que ela de fato é uma criminosa, e ainda por cima, de sobra, tirar uma indenização em cima do poder público, que ela mesmo estava prejudicando com a atitude corrupta.

Unknown disse...

Cara, deixa de ser imbecil. Por mais que ela estivesse errada, nada legitimava a atitude do troglodita do delegado, o qual deveria ter solicitado assistência para proceder com a revista da escrivã. Não se pode embasar tal atitude em uma suspeita de um delito, o qual, diga-se de passagem, sequer necessitava de uma elucidação mais célere, podendo aguardar para que fosse tomado medidas mais adequadas para sua elucidação. É pensamentos como o seu que deixam evidente que o povo anda confundindo eficácia com abuso.