quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Suplicy, o defensor de terrorista, cria polêmica no Senado federal

Ao defender a manutenção do ex-ativista italiano Cesare Battisti no Brasil, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) acabou por detonar a primeira polêmica do novo Senado Federal. Na sessão desta quinta-feira, o petista sem simancol (que costuma cantar música de Bob Dylan com sua deplorável voz), leu na tribuna da Casa uma carta escrita pelo terrorista italiano na qual Battisti negou os crimes de que é acusado na Itália e disse querer construir uma “sociedade justa” no Brasil. Suplicy visitou o terrorista Battisti no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, na manhã desta quinta-feira. Da tribuna do Senado, afirmou que “como bisneto e neto de italiano”, depois de estudar o caso Battisti, estava convencido da inocência do italiano. A reação ao discurso de Suplicy foi imediata entre os senadores da oposição. O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) afirmou que a população brasileira não quer que o Brasil dê abrigo a criminosos: "Lamentavelmente, o presidente Lula deixou para a última hora a decisão de não conceder a extradição. O Supremo dará a palavra final, mas a população brasileira já disse o que quer: que o Brasil não dê abrigo a criminosos”. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) criticou a carta do terrorista Cesare Battisti e afirmou que ele foi condenado à prisão perpétua e fugiu da Justiça italiana: “Manda o senhor Cesare Battisti uma carta em que diz, entre outras coisas, primeiro, que nunca foi ouvido por um juiz e que, durante a instrução do processo e o julgamento, em que foi condenado à prisão perpétua, ‘eu me encontrava exilado no México e não tive oportunidade de me defender’. Ora, ele não estava exilado, ele estava foragido, ele fugiu da Justiça italiana". Demóstenes ainda chamou o italiano de assassino ao comentar os motivos que levaram a Justiça italiana a condenar Battisti. “Se Battisti retornar à Itália ele vai ser preso, ele está condenado à prisão perpétua porque ele é um assassino, ele matou quatro pessoas e colocou outra em incapacidade permanente, fora diversas outras ações. Isso não sou eu que estou dizendo, isso é uma condenação da Justiça italiana”, afirmou Demóstenes Torres.

Nenhum comentário: