quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Polícia Federal indicia delegado Allan Turnowski, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro

O ex-chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Allan Turnowski, foi indiciado na noite desta quinta-feira, após prestar depoimento de mais de três horas na Superintendência da Polícia Federal. Turnowski deixou o cargo de chefe de Polícia Civil na terça-feira. Na última sexta-feira, policiais civis e militares acusados de desvios foram presos na Operação Guilhotina, entre eles o delegado Carlos Oliveira, que foi subchefe de Polícia Civil na gestão de Turnowski. Segundo a Polícia Federal, Turnowski foi flagrado em um grampo telefônico alertando um inspetor sobre a investigação da Polícia Federal. O policial foi preso durante a Operação Guilhotina, acusado de integrar uma milícia em Ramos. O ex-chefe disse que o telefonema foi para confirmar se o inspetor ia conduzir um preso à delegacia. Ele negou que tenha vazado informações. Turnowski também negou que recebia propinas de criminosos e afirmou que não há provas contra ele. A acusação foi feita por uma testemunha da Polícia Federal. Em um trecho do depoimento publicado no jornal, a testemunha acusa o ex-chefe de receber R$ 500 mil de uma milícia em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Turnowski questiona o fato de as acusações serem baseadas em uma única testemunha, sem que outras provas embasem a denúncia. “Você tem uma testemunha que é ex-traficante, ex- miliciano, que diz que o chefe de Polícia ganhava R$ 500 mil. Não diz o dia, não diz a hora, não diz quando. Você tem toda uma investigação, você tem grampo, você tem quebra de sigilo, e não se apresenta nada, mantém apenas uma testemunha falando isso. Cadê as provas? Volto a perguntar, cadê as provas? Vou lá prestar depoimento, estou à disposição sempre para prestar esclarecimento como qualquer cidadão. A única coisa que eu não entendo é que como de um testemunho de um ex-traficante que vira testemunha, um chefe de Polícia, da noite para o dia, passa de um cara respeitado para um vilão, isso que não entendo, sem prova, sem nada. Isso que está acontecendo comigo pode acontecer com qualquer pessoa da sociedade”, afirmou o delegado. Engraçadinho ele. Já tem ex-chefe da segurança do Rio de Janeiro na cadeia. A testemunha diz ainda que R$ 100 mil eram pagos a Turnowski para que não fosse combatida a venda de produtos falsos no Camelódromo da rua Uruguaiana, no Centro do Rio de Janeiro.

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