domingo, 27 de fevereiro de 2011

Polícia Federal conclui segunda fase de busca por ossadas da ditadura

Peritos da Polícia Federal concluíram na sexta-feira a segunda etapa de busca e identificação de corpos de desaparecidos políticos da ditadura militar (1964-1985) na cidade de São Paulo. Iniciada no último dia 14, a operação exumou 24 ossadas no cemitério de Vila Formosa. A força tarefa, parceria da Polícia Federal com o o Ministério Público Federal e a Secretaria de Direitos Humanos, tem como foco inicial encontrar os restos mortais de Virgílio Gomes da Silva, militante de esquerda morto em 1969. Líder sindical e veterano da ALN (Ação Libertadora Nacional, organização terrorista), sob o codinome Jonas, ele comandou, no mesmo ano, o sequestro do embaixador americano Charles Elbrick. Os restos mortais foram levados para o Instituto Médico Legal de São Paulo. Junto com a Polícia Federal, o instituto montou uma base na capital paulista para realizar exames, como análises de arcadas dentárias e de dimensões de ossos, que ajudem a identificar as ossadas. Segundo o Ministério Público, uma nova expedição em Vila Formosa deverá ocorrer entre 21 e 25 de março. Nessa terceira etapa, será escavada a última de seis sepulturas onde se suspeita que o corpo de Virgílio esteja enterrado. Acredita-se que vítimas do regime militar tenham sido enterradas em valas clandestinas do cemitério. Algumas foram sepultadas como indigentes. A Polícia Federal também procura os restos do militante Sérgio Correa, da ALN.

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