quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

País terá de abrir novas áreas para soja no Cerrado

O plantio de soja já vem ocupando áreas de pastagens, como aconteceu nesta safra em Mato Grosso. Mas, a produção brasileira não poderá crescer sem o uso de novas áreas, destacadamente as do Cerrado. Esse movimento, entretanto, depende de os preços permanecerem em patamares elevados como os vistos atualmente, devido ao alto investimento para a implantação de novas lavouras. Dos 207 milhões de hectares do Cerrado, 130 milhões são agricultáveis. Cerca de 20 milhões de hectares são utilizados atualmente para a agricultura. Se os preços compensarem, o produtor pode facilmente dobrar, triplicar a área de soja, sem derrubar a floresta amazônica. A área está crescendo todos os anos, só que o custo de produção também. Então o produtor só abre áreas novas quando tem certeza de que vai vender a um preço bom. A soja negociada em Chicago está em torno de US$ 14,00 nos maiores níveis em dois anos e meio, devido à demanda forte e ao aperto da oferta. Com esse preço, o produtor não recupera no primeiro ano o custo que teve para derrubar a vegetação nativa, corrigir o solo e transformar a região em área agricultável. Esse processo custaria em torno de R$ 2.500,00 a R$ 3.000,00 e o produtor ainda gastaria mais R$ 1.500,00 para instalar a lavoura. "Colhendo 50 sacas por hectare e vendendo a R$ 40,00 a saca, que é o preço praticado hoje no Centro-Oeste, daria R$ 2 mil por hectare. Ou seja, é preciso dois anos colhendo bem para cobrir essa conta.

Nenhum comentário: