quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Oposição afirma que governo vai usar corte para barganha

A oposição reagiu nesta quarta-feira ao corte de R$ 50 bilhões anunciado pelo governo petista de Dilma Rousseff no Orçamento da União. Senadores oposicionistas afirmaram que o Executivo vai usar os cortes nas emendas parlamentares para barganhar a votação do salário mínimo de R$ 545,00 no Congresso. "Isso vai ser usado para conter dissidências favoráveis a um salário mínimo maior. Fica uma ameaça de que os cortes nas emendas podem ser maiores se houver dissidências", disse o líder do PSDB no Senado Federal, senador Alvaro Dias (PR). O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse acreditar no uso político dos cortes pelo governo: "Uma possibilidade é que o governo queira, com o anúncio dos cortes, pressionar sua base a votar projetos de seu interesse. Seja como for, é um péssimo presságio sobre o governo que inicia". Será que esses sujeitos não sabem dizer que os cortes são necessários devido ao descontrole de gastos públicos promovido pelo Lula para eleger Dilma? Segundo Aécio Neves, os cortes mostram que a situação fiscal do País não é aquela apresentada pelo PT durante a campanha eleitoral de 2010: "O PSDB estava certo quando dizia que era necessário promover um forte ajuste fiscal. Hoje isso está claro. Basta ver os índices recordes de inflação. Quem fez essa expansão de gastos foi o próprio governo federal". Para a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), a ameaça de cortes nas emendas parlamentares é uma ameaça também à oposição: "É barganha, não tinha porque isso ser feito agora às vésperas da votação do salário mínimo".

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