sábado, 5 de fevereiro de 2011

Jardineiro confessa assassinato de ativista gay de Uganda

A polícia de Uganda afirmou na sexta-feira que o jardineiro Enock Nsubuga, de 22 anos, confessou ter matado a marteladas o ativista gay David Kato em 26 de janeiro passado. Nsubuga disse ter cometido o crime por desavenças pessoais com Kato e a polícia descartou relação com o ativismo de Kato. Em  Uganda, a homossexualidade é crime. A polícia deteve Nsubuga na tarde da última quarta-feira, mas disse seguir sua pista há dias. Ele é um ex-prisioneiro e trabalhava no jardim da casa de Kato na época do crime. Depois de detido, Nsubuga admitiu ter matado Kato. Segundo o relato da polícia, Nsubuga explicou que Kato havia oferecido dinheiro para que mantivessem relações sexuais, mas nunca pagou. Ele disse então que pegou o martelo do banheiro da casa e atingiu o ativista. A polícia descartou então crime de ódio, como especulado, e disse que dinheiro foi a motivação primária. Nsubuga tem uma longa ficha criminal e sua última prisão foi por roubar um celular. Ele foi visto por testemunhas na casa de Kato na noite do dia 25 de janeiro, horas antes do crime. Testemunhas disseram à polícia que um homem entrou na casa de Kato aproximadamente a 1 hora de 26 de janeiro de 2011, bateu duas vezes na sua cabeça e fugiu em um veículo. Kato morreu a caminho do Hospital Kawolo. O nome de Kato apareceu ao lado de outros gays em um artigo do jornal ugandense "Rolling Stone", no ano passado, sob o título "Enforque-os". Muitas pessoas relataram ter sofrido agressões após a publicação de seus nomes e fotos e Kato chegou a dizer à rede de TV CNN que temia por sua vida.

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