domingo, 27 de fevereiro de 2011

Itamaraty investiga sumiço de 18 obras de arte da embaixada na França

O Ministério das Relações Exteriores confirmou na sexta-feira que investiga o sumiço de, pelo menos, 18 obras de arte da Embaixada do Brasil em Paris, na França. A sindicância foi aberta no final do ano passado. Não há explicação para o desaparecimento porque não foi registrado furto na embaixada pela polícia da França. As obras desaparecidas são quadros, gravuras e tapetes que haviam sido doados à embaixada. O sumiço foi descoberto pelo embaixador na França, José Maurício Bustani, ao pedir o inventário do acervo quando assumiu o posto em fevereiro de 2008. Esse tipo de pedido não é comum no mundo diplomático. "Tais bens não puderam ser localizados após intensos e exaustivos trabalhos de procura e de identificação realizados dentro das dependências da chancelaria e da residência", afirmou o embaixador em um telegrama ao Itamaraty assinado há quatro meses. Foi encontrado no prédio da embaixada um quadro de Di Cavalcanti sem placa de identificação. Avaliada em US$ 1,5 milhão, a obra não faz parte oficialmente do acervo oficial. Por falta de espaço na sua casa em Paris, o pintor guardava parte de suas pinturas no prédio da embaixada. Na década de 1960, foram encontrados no prédio obras suas que estavam desaparecidas por 20 anos. A lista das obras desaparecidas é a seguinte: tapete Boukara, Royal Russo, feito à mão (3,50m x 2,28m); tapete Mesched, com borda em rosa, fundo azul (2,30m x 1,60m); quadro de Marilu do Prado Wang, intitulado Enchaté (0,97m x 0,78m); quadro de Gilda Basbaum, obra Volume I (0,90m x 0,90m); quadro de Orlando de Magalhães Mollica, intitulado Mulher espichada (1,80m x 0,70m); quadro de Orlando de Magalhães Mollica, intitulado Homem espichado (1,80m x 0,70m); quadro de Chico Liberato, intitulado A vida é da cor que pintamos (1m x 1m); quadro de Waltrand, intitulado Rodinha (0,40m x 0,50m); quadro de Gervásio Teixeira (0,25m x 0,25m); montagem de João Franck da Costa, intitulada Peixe (1,25m x 0,68m); litografia antiga, com moldura em madeira dourada, intitulada Quinta da Boa Vista (0,68m x 0,63m); gravura Ana Letícia, de 1967 (0,77m x 0,59m); gravura representando mapa antigo, com moldura em madeira dourada e vidro (0,71m x 0,55m); fotografia do Rio de Janeiro (0,60m x 0,45m); fotografia do Rio de Janeiro (0,70m x 0,55m).

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