quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ditador psicopata Muammar Kadahfi afirma que revolta na Líbia é liderada pela Al Qaeda

O ditador da Líbia, Muammar Kadahfi (amigo e "líder" do petista Lula), afirmou nesta quinta-feira, em discurso transmitido pela emissora de TV estatal, que a revolta popular na Líbia pelo fim de seu regime de quase 42 anos não é liderada pelo povo, e sim pela rede terrorista Al Qaeda cujo líder, Osama bin Laden, está enganando os jovens que saem às ruas para "destruir" e "sabotar". "Bin Laden é o inimigo que está manipulando o povo", afirmou o psicopata Kadahfi por telefone: "Não sejam persuadidos por Bin Laden". Assim como no discurso realizado na última terça-feira, o ditador líbio pediu para que os "irmãos e mães" peçam para seus irmãos e filhos que voltem para casa, porque "a normalidade deve voltar ao país". Segundo ele, os manifestantes agem sob o efeito de drogas e álcool. O psicopata Kadahfi (amigo e "líder" de Lula) afirmou que a Líbia não é como o Egito e a Tunísia onde, após dias, os protestos conseguiram derrubar seus ditadores. "Aqui o poder está em suas mãos, é um sistema diferente", afirmou: "Se você quiser mudar o governo, a escolha é sua". O ditador defendeu novamente que os manifestantes devem ser punidos e levados a julgamento: "Isso é inaceitável, é inacreditável". No discurso, o psicopata Kadahfi pediu para que a população líbia vá às ruas do país e tome as armas dos manifestantes, que agora controlam uma grande parte do país. "A Constituição é muito clara, tomem as armas deles. Eu só tenho autoridade moral", afirmou ele. Kadahfi tenta se apresentar como líder de uma revolução que é liderada pelo povo. O novo discurso do ditador líbio ocorre no mesmo dia em que unidades do Exército e mercenários leais a ele revidaram contra manifestantes antirregime, atacando uma mesquita onde muitos haviam procurado refúgio e um pequeno aeroporto regional. Ao menos 640 pessoas morreram na Líbia desde 14 de fevereiro, segundo a Federação Internacional para os Direitos Humanos. O número representa mais que o dobro do balanço oficial do governo líbio de 300 mortos. Na cidade de Zawiyah, 50 quilômetros a oeste de Trípoli, uma unidade do Exército atacou uma mesquita onde manifestantes vinham acampando dentro e do lado de foram por diversos dias, pedindo a renúncia de Kadahfi. Os soldados abriram fogo com armas automáticas e atingiram o minarete do prédio com mísseis antiaéreos. Segundo uma testemunha, um dia antes um enviado de Kadahfi havia ido à cidade e alertado os manifestantes: "Ou vocês saem ou irão ver um massacre". Zawiyah é uma importante cidade localizada nas proximidades de refinarias de petróleo. "O que está acontecendo é horrível, aqueles que nos atacaram não eram mercenários, são filhos do nosso país", disse a testemunha, completando que, após o ataque, milhares dirigiram-se à principal praça da cidade gritando "saia, saia", em referência à Kadahfi. Ele afirmou que os relatos sobre Zawiyah são uma farsa: "Homens sãos não entram em tal farsa. Vocês em Zawiyah esconderam Bin Laden. Os homens de Bin Laden lhes deram drogas". O outro ataque ocorreu em um pequeno aeroporto próximo à Misrata, a terceira maior cidade líbia, onde opositores assumiram o controle na quarta-feira. Nesta quinta-feira, mercenários atacaram moradores que estavam protegendo o aeroporto, abrindo fogo com granadas e morteiros, segundo uma pessoa que assistiu ao ataque. "Eles deixaram pilhas de restos humanos e um pântano de sangue", afirmou. "Os hospitais estão lotados com os mortos e feridos", completou. Antes do ataque terminar, antes do meio-dia, outro morador de Misrata afirmou que a rádio local (agora nas mãos da oposição) pediu à população que marchasse até o aeroporto em apoio aos manifestantes. As duas testemunhas afirmaram que os rebeldes continuam controlando a cidade, localizada 200 quilômetros a leste de Trípoli. A repressão de Kadahfi até agora tem ajudado o ditador a manter o controle em Trípoli, uma cidade que tem um terço dos 6 milhões de habitantes da Líbia. mas a revolta dos manifestantes, apoiados por unidades militares que desertaram e se juntaram a eles, tem dividido o país e ameaçado jogá-lo em uma guerra civil. O primo do ditador, Gaddafi al Dam, é uma das deserções dos mais altos níveis que o regime enfrentou até agora, após muitos embaixadores, o ministro da Justiça e o do Interior terem ido para o lado dos manifestantes. O primo pertencia ao círculo íntimo de Kadahfi, sendo oficialmente sua ligação com o Egito, mas também servia como enviado do líder líbio a outros países e frequentemente aparecia do seu lado.

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