domingo, 30 de janeiro de 2011

Para Dilma, Brasil tem dívidas com direitos humanos

A presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil ainda tem dívidas na área de direitos humanos. "Não tenho problema em dizer se algo vai mal por lá, ou por aqui também", afirmou a presidente, em entrevista aos jornais argentinos "Clarín", "La Nación" e "Página 12". Ela admitiu ainda que teve uma divergência com o Itamaraty na questão. "Não vou negociar os diretos humanos, digo que não haverá concessões nesse tema." Sobre as tensões entre o Brasil e os Estados Unidos por conta da questão iraniana, Dilma indicou que, para ela, o caso é página virada: "Tivemos uma boa experiência nos últimos anos com os Estados Unidos e também tivemos diferenças de opinião. Mas, o que importa é perceber que esta é uma sociedade que tem um horizonte de desenvolvimento muito grande". Mesmo criticando a condenação da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani por apedrejamento, Dilma lembrou, porém, que os EUA também tiveram problemas com os direitos humanos com os casos de Abu Ghraib e Guantánamo: "Muitas vezes, utilizam os direitos humanos não para nos protegermos, mas para fazer política, para usá-los como instrumento político". Sobre Cuba, a presidente avaliou que o partido deu um passo para frente ao libertar prisioneiros políticos: "Mas, é preciso respeitar o tempo deles. A política se faz em condições de determinada temporalidade. Em Cuba, há um processo de transformação". Ou seja, ela continua apoiando a ditadura genocida dos gerontocratas bandidos da família Castro. Para a presidente, as violações dos direitos humanos devem ser discutidas amplamente e não tratadas apenas como problema de um país. Dilma visita nesta segunda-feira a Argentina na sua primeira viagem internacional.

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