sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Líbano tem governo dissolvido e organização terrorista Hizbollah pode chegar ao poder, guerra à vista

A oposição libanesa, liderada pelo grupo xiita terrorista Hizbollah, tem uma possibilidade real de organizar um novo governo no Líbano caso não haja um acordo entre as facções políticas rivais. Se o atual premiê, Saad Hariri, não conseguir manter uma maioria de parlamentares, poderá ver a organização terrorista Hizbollah e seus aliados mobilizando suas forças para formar um novo bloco majoritário no Parlamento. De acordo com Paul Salem, diretor do Centro Carnegie para o Oriente Médio em Beirute, a questão estará centrada no líder druso Walid Jumblat, que já fez parte da coalizão governista liderada por Hariri, mas que desde 2009 vem se alinhando mais próximo à oposição. "Se Jumblat e seus parlamentares decidirem se juntar à oposição, o Hizbollah e seus aliados passarão a ter uma maioria no Legislativo do país e poderão indicar um novo premiê para formar um gabinete", disse Salem. O governo de unidade nacional do Líbano entrou em colapso na quarta-feira depois que os 11 ministros, a maioria deles do grupo político e militar terrorista Hizbollah e seus aliados, anunciaram que estavam deixando o gabinete de 30 ministros liderado por Hariri. A decisão de renunciar foi tomada após Saad Hariri haver se recusado a reunir o gabinete com o objetivo de discutir a investigação do Tribunal Especial das Nações Unidas sobre o assassinato de seu pai, o ex-premiê Rafik Hariri, em 2005. O presidente Michel Suleiman terá que agir com habilidade para resolver a crise, achando um ponto comum aos diferentes grupos políticos por causa das desavenças em torno do tribunal da ONU. O Líbano vive uma crise política que se arrasta há vários meses em torno do tribunal da ONU e o possível indiciamento de terroristas do Hizbollah, acusando-os de envolvimento na morte de Hariri.

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