domingo, 2 de janeiro de 2011

Dilma Rousseff toma posse como presidente no Congresso Nacional

No seu discurso de posse no Congresso Nacional, Dilma Rousseff afirmou que o ex-presidente Lula mudou a forma de governar o País e disse que sua eleição representa a abertura de portas para que outras mulheres também sejam presidentes. Segundo Dilma, Lula "levou o povo brasileiro a confiar ainda mais em si mesmo e no futuro de seu País". Ela prometeu dar continuidade ao que chamou de "maior processo de afirmação que o Brasil já viveu". Dilma também disse que Lula levou o povo brasileiro a fazer "uma travessia para outra margem da história" e que sua missão, a partir de agora, será "ampliar o caminho" nessa outra margem. Nem mais nem menos, ela comparou Lula a Moisés conduzindo os judeus para sua terra prometida, e a ela como uma continuadora da obra de Moiséis. "Reconhecer, acreditar e investir na força do povo foi a maior lição que o presidente Lula deixou para todos nós", completou. E continuou: "Não vou descansar enquanto houver brasileiros sem alimentos na mesa, enquanto houver famílias no desalento das ruas, enquanto houver crianças pobres abandonadas à própria sorte. O congraçamento das famílias se dá no alimento, na paz e na alegria. E este é o sonho que vou perseguir". Ela avaliou, no entanto, que a pobreza não pode ser eliminada de forma isolada e, por isso, pediu o apoio das "instituições públicas e privadas, de todos os partidos, das entidades empresariais e dos trabalhadores, das universidades, da juventude, de toda a imprensa e de das pessoas de bem". No início de seu discurso de posse, a presidente da República, Dilma Vana Rousseff destacou o fato de ser a primeira mulher a ocupar o cargo: "Venho para abrir portas para que muitas outras mulheres, também possam, no futuro, ser presidenta; e para que, no dia de hoje, todas as brasileiras sintam o orgulho e a alegria de ser mulher". Ela também afirmou que a principal prioridade de seu governo será acabar com a pobreza extrema, ao dizer que isso envergonha nosso País e impede "nossa afirmação plena como povo desenvolvido". "A luta mais obstinada do meu governo será pela erradicação da pobreza extrema e a criação de oportunidades para todos", afirmou Dilma. Ela prometeu estender o Prouni para o ensino médio e tornar o SUS (Sistema Único de Saúde) "um dos maiores e melhores sistemas de saúde pública do mundo". Dilma afirmou que pretende fazer com que adolescentes possam estudar em escolas particulares de ensino médio: "Além do aumento do investimento publico vamos estender a vitoriosa experiência do Prouni para o ensino médio profissionalizante, acelerando a oferta de milhares de vagas para que nossos jovens recebam uma formação educacional e profissional de qualidade". Ela afirmou, no entanto, que o ensino de qualidade só existirá no Brasil quando "o professor e a professora forem tratados como as verdadeiras autoridades da educação, com formação continuada, remuneração adequada e sólido compromisso com a educação das crianças e jovens". Sobre o SUS, ela disse que quer consolidá-lo. A presidente defendeu a liberdade de imprensa e afirmou que não tem qualquer "arrependimento, ressentimento ou rancor": "Reafirmo meu compromisso inegociável com a garantia plena das liberdades individuais; da liberdade de culto e de religião; da liberdade de imprensa e de opinião. Reafirmo que prefiro o barulho da imprensa livre ao silêncio das ditaduras. Quem, como eu e tantos outros da minha geração, lutamos contra o arbítrio e a censura, somos naturalmente amantes da mais plena democracia e da defesa intransigente dos direitos humanos, no nosso País e como bandeira sagrada de todos os povos". Dilma adotou em seu primeiro discurso um tom conciliador em relação aos empreendimentos de várias atividades econômicas. Com a agricultura não foi diferente, evitando conflitos entre negócios empresariais e familiares e também do campo com o meio ambiente. "O apoio aos grandes exportadores não é incompatível com o incentivo à agricultura familiar e ao microempreendedor", disse.

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