quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Secretário de Segurança do Rio de Janeiro diz não ter pretensão de acabar com tráfico

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse nesta terça-feira que não tem a pretensão de acabar com o tráfico de drogas no Estado. "Minha pretensão não é acabar com o tráfico, ele existe em Londres, em Paris. O que é inaceitável é a pessoa ser vigiada, é levar o filho na escola e ver um homem com um fuzil", afirmou Beltrame. O secretário afirmou que a ocupação de áreas ainda controladas por traficantes levará tempo: "Temos que ir por partes, formar policiais com outro perfil, de polícia comunitária, e aí entrar nas comunidades. Isso demanda tempo, não podemos fazer de forma atabalhoada". Segundo ele, o "Rio ficou muito tempo sem se preocupar com a polícia, com as academias sem nenhuma lógica para fazer concursos". O secretário afirmou que a operação policial em curso no Estado, que resultou na ocupação do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro, tradicionais redutos de facções criminosas, aconteceu 14 meses antes do previsto. Segundo Beltrame, os planos foram antecipados porque as forças de segurança perceberam que grupos criminosos haviam se articulado para promover ataques por toda a cidade, em resposta à implantação de postos policiais em favelas anteriormente controladas por traficantes. Nesta terça-feira, o governo do Rio de Janeiro formalizou um pedido ao Ministério da Defesa para que as Forças Armadas permaneçam atuando no Estado até outubro de 2011. O presidente Lula aceitou o pedido, dizendo que os militares ficariam à disposição do Estado o tempo que fosse necessário para garantir a paz. O prazo de 11 meses, maior do que o previsto inicialmente, foi adotado "por precaução", segundo o governador Sérgio Cabral (aquele cujo governo não prende traficante, nem reprime o trafico de drogas), que disse que o período será usado para formar policiais para atuar em Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Complexo do Alemão e na favela de Vila Cruzeiro.

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