domingo, 26 de dezembro de 2010

A morte do advogado criminalista Oswaldo de Lia Pires, aos 92 anos, em Porto Alegre

O famoso advogado Oswaldo de Lia Pires faleceu na madrugada deste domingo, aos 92 anos, no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, em função de complicação após uma cirurgia. Na madrugada do dia 24 de dezembro, véspera de Natal, Lia Pires sofreu uma queda em seu quarto e fraturou o quadril. Lia Pires está sendo velado no Crematório São José, em Porto Alegre. A cerimônica de cremação ocorrerá nesta segunda-feira, às 14 horas. Oswaldo de Lia Pires começou na carreira de advogado criminalista pelas mãos do tio, o advogado Voltaire de Bittencourt Pires, dono de um famoso escritório na capital gaúcha. Ele se formou em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em dezembro de 1944. Em sua carreira, teve dois juris que despontaram, pelo grande alarido que haviam despertado no Rio Grande do Sul. No primeiro, defendeu o delegado Pedro Seelig, do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), na ditadura militar, e conseguiu absolvê-lo da acusação de participar do seqüestro do casal de uruguaios Lilian Celiberti e Universindo Díaz, em 1978. Também na década de 1980 conseguiu evitou que o ex-prefeito de Tramandaí, Elói Braz Sessim, acusado de corrupção e desvio de dinheiro público, fosse parar na cadeia. E ainda conseguiu absolver o ex-deputado estadual Antonio Dexheimer (PMDB), médico, da acusação de assassinato de seu colega José Antonio Daudt (PMDB), radialista. Este julgamento aconteceu no Pleno do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, foi transmitido por rádio e televisão, e Lia Pires utilizou de maneira inédita recursos de computação gráfica para provar que uma testemunha não podia ter testemunhado o que havia dito devido à conformação do local do assassinato.

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