domingo, 12 de dezembro de 2010

Médico cubano diz que prestava um serviço "escravo qualificado" na Venezuela

A Venezuela mantém boa parte dos 30 mil profissionais de saúde cubanos que sustentam a Missão Bairro Adentro sob um regime de prisão. Miguel Majfud, médico cubano da cidade de Holguín, relata ter vivido por mais de quatro anos em um circuito fechado: do trabalho numa unidade do programa Bairro Adentro para o alojamento, designado pelo governo venezuelano, e vice-versa. "Em Cuba, há fome. E viajar é uma maneira de garantir um pouco de bem-estar a sua família", afirma ele, que fugiu no final de 2008 e buscou um visto especial do governo americano para "profissionais de saúde cubanos em terceiros países". Mas, segundo Majfud, as condições de trabalho fazem a oportunidade virar uma "senzala": "Eu gosto de falar assim, de senzala. Não tem preço o estresse que brota da ameaça constante. Se não cumprimos as metas, somos castigados e enviados, em uma semana, à grande cadeia que é Cuba. Somos a força escrava mais qualificada do mundo".

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