quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Justiça da Polônia condena sueco por roubo de letreiro de Auschwitz

Um sueco que planejou o roubo do letreiro do antigo campo de concentração nazista de Auschwitz, em dezembro do ano passado, foi condenado a dois anos e oito meses de prisão nesta quinta-feira pela Justiça da Polônia. Anders Hoegstroem admitiu participação no roubo e fez um acordo em novembro com a promotoria polonesa. Ele será levado para a Suécia, onde deverá cumprir sua sentença. Hoegstroem, de 34 anos, inicialmente negou envolvimento no roubo, mas depois mudou suas alegações. O letreiro de ferro fundido de cinco metros com a inscrição Arbeit Macht Frei ("O trabalho liberta"), foi roubado do portão do campo em dezembro do ano passado e encontrado poucos dias depois. O juiz de Cracóvia já havia condenado dois poloneses a até dois anos e meio de prisão por envolvimento no roubo. Outros três poloneses também foram condenados à prisão em 2010. As autoridades da Polônia acreditam que o grupo agiu sob as ordens de um negociante sueco, que ainda não foi capturado. Hoegstroem recebeu uma sentença relativamente leve depois de entrar em acordo com a promotoria. O sueco ajudou a fundar em 1994 a frente nacional-socialista (nazista) da Suécia, um movimento de extrema direita. Inicialmente, o sueco, negou ter instigado o roubo do letreiro. Ele afirmava que era apenas o intermediário entre os poloneses que roubaram o artefato e um colecionador, cujo nome não foi divulgado. A polícia recuperou o letreiro três dias depois do roubo, cortado em três pedaços, a centenas de quilômetros do campo. O letreiro ainda está sendo restaurado e logo será recolocado no portão de entrada de Auschwitz. No momento, uma réplica está na entrada do campo. O letreiro simboliza as atrocidades cometidas pelo regime nazista. Mais de 1 milhão de pessoas, 90% delas judias, foram assassinados pelos nazistas em Auschwitz durante a ocupação da Polônia na Segunda Guerra.

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