quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Justiça da Argentina condena ex-ditador Jorge Videla à prisão perpétua

A Justiça da Argentina sentenciou na tarde desta quarta-feira à prisão perpétua o ex-ditador Jorge Videla por crimes de lesa-humanidade durante o período em que esteve à frente da ditadura no país, entre 1976 e 1981, como comandante militar. Outro importante chefe da ditadura no país, Luciano Menéndez, que atuou como ex-chefe militar, também recebeu a mesma sentença. Os dois eram acusados pelo assassinato de 31 presos políticos em uma prisão de Córdoba. Ainda na terça-feira Videla assumiu a responsabilidade por crimes políticos cometidos durante a ditadura. "Assumo plenamente minhas responsabilidades. Meus subordinados limitaram-se a cumprir ordens", afirmou Videla no tribunal de Córdoba, um dia antes da divulgação do veredicto. No depoimento final de 49 minutos que leu pausadamente, o ex-ditador, de 85 anos, disse que assumirá "sob protesto a injusta condenação que possam me dar". A promotoria havia pedido, em novembro, a pena de prisão perpétua para Videla, que, no dia 24 de março de 1976, comandou um golpe que instaurou uma ditadura que deixou 30 mil desaparecidos (assassinados).

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