terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Justiça britânica decide libertar o criador do WikiLeaks mediante pagamento de fiança

Um juiz britânico decidiu que Julian Assange, o criador do site WikiLeaks, pode ser libertado após pagar fiança. A corte de Westminster, no centro de Londres, ainda não emitiu um veredicto quanto ao pedido de extradição da Suécia, país que acusa o australiano de assédio sexual e estupro. A fiança para que Assange possa aguardar em liberdade o restante do processo que decidirá sobre sua extradição à Suécia foi estipulada em 200 mil libras (cerca de R$ 535 mil). Até que a Justiça do Reino Unido decida sobre os pedidos enviados pelos suecos, Assange não poderá ser libertado. As condições da liberdade provisória incluem ainda que ele se apresente a uma delegacia de polícia todos os dias às 18 horas, além de um toque de recolher. Assange estaria livre para sair somente entre as 14 horas e as 22 horas. As condições impostas pelo juiz também incluem o confisco de seu passaporte e o uso constante de um identificador eletrônico. Ao menos dez celebridades britânicas haviam se prontificado a ajudar no pagamento de uma potencial fiança estabelecida pela corte, entre elas o cineasta Ken Loach, a milionária Jemima Khan e o jornalista investigativo australiano John Pilger. Todos estavam presentes durante a audiência desta terça-feira. Uma amiga de Assange, a proprietária de restaurantes Sarah Saunders, assinou uma declaração oferecendo 150 mil libras, dizendo que era quase todo o patrimônio que possui. Desde o dia 7, quando se entregou à polícia britânica, Assange está preso após a corte de Westminster decidir que ele deveria ser mantido sob custódia ao menos até a próxima audiência. Assange poderá ser extraditado para a Suécia, onde é acusado de assédio sexual e estupro contra duas mulheres.

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