quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Jobim diz que fracasso de negociações contra greve é culpa das companhias aéreas

Em carta endereçada nesta quarta-feira às companhias aéreas, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que o fracasso das negociações com os aeronautas e os aeroviários se deve, principalmente, à "postura dos representantes do sindicato patronal" e que, se fosse outra a postura tomada, "poderíamos, a essa altura, estar a assegurar aos brasileiros a tranquilidade em relação a suas viagens". Antes de enviar a carta, Jobim ouviu dos representantes das empresas que seria aberta uma mesa de negociações no Tribunal Superior do Trabalho para dar uma solução à greve. Não apenas a promessa foi descumprida, como as empresas retornaram ao ministro pedindo "medidas necessárias" do governo para a "manutenção da ordem". Jobim, que esteve pessoalmente com o presidente da TAM, Líbano Barroso, e falou por telefone com o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, não gostou nada da reação e jogou a culpa da greve para os empresários. Apesar das conversas, o ministério não tem nenhum plano emergencial para evitar mais transtornos aos passageiros devido à ameaça de greve nesta quinta-feira, antevéspera de Natal. Vai apenas intensificar o plano anunciado em novembro para as férias, que inclui proibição de venda de passagens em maior número que o de assentos, usar aeronaves reservas e ampliar os postos de check-in nos horários de pico. A petralhada sindicaleira mais uma vez toma os brasileiros como reféns na pior hora.

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