terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Goleiro Bruno, do Flamengo, é condenado no Rio de Janeiro por cárcere privado de Elisa Samudio

O juiz Marco Couto, da 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá, condenou o goleiro Bruno Souza a quatro anos e seis meses de prisão por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal contra Eliza Samudio, ex-amante do jogador, em outubro do ano passado. Acusado de envolvimento no episódio, anterior ao sequestro de Eliza que teria levado à sua morte, o amigo de Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, foi condenado a três anos de reclusão por cárcere privado. Na sentença, o juiz classificou que os fatos foram inquestionavelmente comprovados. O magistrado não concedeu aos réus o direito de recorrer da decisão em liberdade. Eliza desapareceu no dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a "convite" de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a agrediu para que ela tomasse remédios abortivos. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para pedir o reconhecimento da paternidade de Bruno. No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estava lá. A atual mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante depoimento, um dos amigos de Bruno afirmou que havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza seguindo denúncias anônimas, em entrevista a uma rádio no dia 6 de julho, um motorista de ônibus disse que seu sobrinho participou do crime e contou em detalhes como Eliza foi assassinada. O menor citado pelo motorista foi apreendido na casa de Bruno no Rio de Janeiro. Ele é primo do goleiro e, em dois depoimentos, admitiu participação no crime. Segundo a polícia, o jovem de 17 anos relatou que a ex-amante de Bruno foi levada do Rio de Janeiro para Minas Gerais, mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Neném, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa.

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