sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Estados Unidos buscam aproximação com governo Dilma

Salvo algum mal-estar devido à revelação de que os EUA atribuíram a ela crimes na ditadura em um despacho diplomático, a aproximação entre Dilma Rousseff e seu antigo inimigo dos tempos de militância esquerdista será selada nesta segunda-feira. Após um começo conturbado, o número 3 da diplomacia americana, William Burns, se encontrará com o governo de transição em Brasília. A turbulência deu-se pela negativa de Dilma ao convite feito pelo presidente americano, Barack Obama, para uma visita a Washington, ritual clássico para os novos mandatários brasileiros, cumprido inclusive por Lula após sua primeira vitória em 2002. Alegou problemas em sua agenda. Houve a impressão, em Washington, de que Dilma poderia seguir o antiamericanismo do Itamaraty sob Lula, até porque iria participar de uma reunião de presidentes sul-americanos na Guiana. Acabou cancelando essa participação regional, contudo, e desde então só emitiu sinais pró-Washington. Dilma criticou o apoio brasileiro ao Irã, arqui-inimigo dos Estados Unidos, nomeou um chanceler com maior interlocução com a Casa Branca e concedeu sua primeira entrevista a um jornal, como eleita, ao "The Washington Post". A vinda de Burns, subsecretário de Estado para Assuntos Políticos, foi agendada anteriormente, mas ocorre neste contexto.

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