domingo, 12 de dezembro de 2010

Dilma deve criar linha de pobreza para medir fim da miséria

A presidente eleita, Dilma Rousseff, deverá estabelecer linhas oficiais de pobreza e de indigência no País para monitorar as políticas sociais do governo e medir a melhoria das condições de vida da população. O valor ainda não foi estabelecido, mas existe a possibilidade de o novo governo fixar em R$ 108,00 a renda familiar por pessoa como linha de pobreza. A sugestão desse valor é do economista e coordenador do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas, Marcelo Neri, que apresentou um seminário sobre políticas sociais para a equipe de transição do futuro governo em meados de novembro, com a ministra do Desenvolvimento Social, Márcia Lopes, e o economista Ricardo Paes e Barros, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). De acordo com Neri, Dilma quer "sofisticar a tecnologia social" e suplantar os ganhos do governo Lula, que considera uma "herança bendita", porque diminuiu a pobreza em 45%. A idéia, segundo o economista, é que a meta de erradicar a miséria seja tratada como a meta de inflação. "Se tem uma meta de erradicar a pobreza é preciso saber qual o critério. Do mesmo modo que há uma meta de inflação, que escolheu o IPCA como medida", comparou. Para o trotskista Marcio Pochmann, presidente do Ipea, o Brasil está na direção correta, mas é preciso uma sofisticação nas políticas.

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