segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sérgio Cabral defende que PMDB negocie políticas públicas, não cargos

O governador reeleito do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, defendeu nesta segunda-feira que o PMDB tenha como prioridade na relação com a presidente eleita Dilma Rousseff a discussão de políticas públicas. Segundo ele, a nomeação de quadros do partido para o governo deve ser consequência da agenda programática. Como um carioca verdadeiro, Sérgio Cabral comprovou que é mesmo piadista. Disse ele: "O PMDB é um partido que tem que se notabilizar a partir de agora como um partido que discute políticas públicas, e não cargos. Nomes são consequências de políticas públicas, e nós temos que dar liberdade para a presidente Dilma governar, respeitando a coalizão, mas com liberdade de escolha". O governador disse também que o PMDB não será um "partido de coação", e sim um "partido de apoio": "Eu fico muito feliz de ver o Michel Temer como vice-presidente da República, e tenho certeza que, junto com o Michel e com os companheiros do PMDB que pensam dessa maneira, que é a grande maioria, nós vamos construir uma política pública diferenciada". Qualquer um tem direito de se atirar no chão e se dobrar de rir lendo o que fala Sérgio Cabral. Cabral ressaltou também o papel de destaque que o Rio de Janeiro teve na eleição presidencial, servindo de referência para algumas das propostas de Dilma. "Quando na história desse país, em uma campanha presidencial, teve um candidato a presidente dando exemplos positivos do Rio de Janeiro? O Rio foi citado na UPP [Unidade de Polícia Pacificadora, na UPA 24h, na conquista das olimpíadas... Isso é um fenômeno novo." Cabral voltou a citar a parceria entre prefeitura, governo do Estado e Presidência da República, bastante destacada em sua campanha, ao comentar o bom desempenho de Dilma nas urnas. No Estado, ela obteve 60,48% dos votos válidos, contra 39,52% de Serra. "A vitória político-eleitoral que tivemos no Estado é muito substantiva, porque é a tradução do reconhecimento da população a uma lógica de fazer política, de gerir a coisa pública, que eu creio que será um dos maiores legados que eu poderia deixar, que é a necessidade de integração para que as coisas aconteçam com qualidade e velocidade", disse.

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