segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Na Argentina, morre ex-comandante da ditadura Emilio Massera

O genocida Emilio Massera, ex-comandante da Marinha na ditadura militar argentina (1976-1983), morreu em Buenos Aires nesta segunda-feira, às 16 horas, aos 85 anos de idade, vítima de uma hemorragia cerebral, informou uma fonte do Hospital Naval, onde ele estava internado. Massera havia sofrido, há vários anos, outro acidente cérebro-vascular que o deixara em estado quase vegetativo. Por isso, a Justiça o havia declarado incapaz, liberando-o de ser julgado por centenas de sequestros, torturas e assassinatos. Massera estava entre os conspiradores que deram o golpe de estado ocorrido em 24 de março de 1976 contra a presidente María Estela Martínez de Perón. Membro integrante da Junta Militar ao lado de Jorge Rafael Videla (Exército) e Orlando Ramón Agosti (Aeronáutica), ele dirigiu, como comandante da Marinha Argentina, uma repressão implacável aos opositores do regime. Massera comandou o famigerado centro de detenção clandestino da Marinha em Buenos Aires conhecido como Esma (Escola Superior de Mecânica da Armada), por onde estima-se que tenham passado cerca de 5.000 presos. Massera foi julgado e condenado à prisão perpétua em 1985. Indultado pelo governo de Carlos Menem (1989-1999), tornou-se novamente alvo da Justiça depois que o ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007) reabriu os processos contra os militares da ditadura.

Nenhum comentário: