terça-feira, 23 de novembro de 2010

CVM multa em R$ 2 milhões acusados de lucrar com informações na vendada Ipiranga

A Comissão de Valores Mobiliários multou em R$ 2,015 milhões três acusados de terem obtido informações privilegiadas na venda da Ipiranga para a Petrobras, em março de 2007. A multa representa o triplo do que cada um teria ganho com a compra e venda de ações de empresas envolvidas no negócio, segundo o órgão regulador do mercado de capitais. O investidor Franklin Delano Lehner recebeu a maior punição. Foi condenado a desembolsar R$ 1,375 milhão. Segundo a CVM, ele obteve, negociando ações da Ipiranga, lucro de R$ 458 mil. Depois de ouvir a condenação, Lehner disse que a decisão é uma "leviandade e jogada de marketing" da Comissão de Valores Mobiliários. "Não vou pagar a multa", afirmou. Lehner era amigo pessoal do ex-gerente executivo da BR Distribuidora (subsidiária da Petrobras na distribuição de combustíveis), Pedro Caldas Pereira, também acusado de ter se beneficiado no mercado de ações. Ele teria obtido um lucro de R$ 120 mil nas operações, e já havia concordado em pagar multa de R$ 360 mil. O também investidor Carlos Felipe Almeida de Paiva Nascimento terá que pagar R$ 540 mil. Segundo a investigação, ele nunca havia operado no mercado de capitais, e comprou ações da Ipiranga no dia 15 de março de 2007. No dia seguinte, comprou também ações da Petrobras e da Braskem. A Petrobras anunciou a compra da Ipiranga no dia 19. Ele teve um lucro de quase R$ 238 mil nessas operações, segundo a Comissão de Valores Mobiliários. Já Rodolfo Lowndes, agente autônomo registrado na Comissão de Valores Mobiliários, foi condenado a pagar R$ 100 mil por atuação irregular no mercado.

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