quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Termina a operação de resgate dos 33 mineiros no Chile

Foram 70 dias de reclusão a 622 metros de profundidade, e 17 dias sem que o mundo lá fora soubesse se estavam vivos ou mortos. Após pouco mais de 24 horas de esforços, o Chile entra para a história nesta quarta-feira com uma operação de resgate sem precedentes, e salvou os 33 mineiros que estavam presos em um buraco no fundo da mina. Também foram resgatados os cinco socorristas que haviam descido para preparar os mineiros pelo resgate pela cápsula Fênix que foi utilizada para retirá-los do local. Florencio Ávalos entrou para a história como o primeiro mineiro a sair da mina, à 0h11. Igrejas de todo o país badalaram seus sinos para comemorar, atendendo a uma sugestão do presidente Sebastíán Piñera. Em 5 de agosto, a estrutura da mina San José cedeu, e deixou os 33 mineiros presos a mais de 600 metros de profundidade. O incidente na pequena mina de cobre e ouro no norte do Chile colocou a cidade de Copiapó (a 800 quilômetros ao norte de Santiago) no mapa do mundo. Foi só em 22 de agosto, quando a esperança de encontrar sobreviventes já era ínfima, que funcionários da equipe de resgate ouviram batidas na máquina perfuradora que tentava encontrar os mineiros. Com poucas palavras, eles mandaram um recado: "Os 33 de nós no abrigo estão bem", dizia um bilhete colado à máquina. Todos os mineiros foram recebidos na superfície com aplausos e gritos de guerra - "Chi-chi-chi-le-le-le" - pelos milhares de familiares, jornalistas e curiosos que inundaram o acampamento. O presidente do Chile, Sebastian Piñera esteve presente durante toda a operação de resgate, mostrando o empenho total do governo no resgate dos mineiros. Isso passou uma lição fundamental para os chilenos, a de que seu governo cuida deles, mesmo nas situações mais dramáticas.

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