quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Presidente da Vale diz que investimento deixará empresa no limite da capacidade de crescimento

O presidente da mineradora Vale, Roger Agnelli, afirmou nesta quinta-feira que o plano de investimento previsto pela empresa para 2011 é recorde e que vai levar a companhia ao limite de sua capacidade de crescimento. De acordo com Agnelli, o valor de US$ 24 bilhões (cerca de R$ 40,8 bilhões) apresentado pela empresa "é o maior plano de investimento da historia da mineração". A cifra é a maior já investida pela companhia em um ano e representa um crescimento de 125% em relação aos US$ 10,66 bilhões gastos nos últimos 12 meses encerrados em setembro de 2010. A companhia dará ênfase ao crescimento orgânico no próximo ano, com 73% do orçamento destinado à execução de projetos e 8,3% a pesquisa e desenvolvimento. Entre as áreas de negócio da Vale, os minerais ferrosos continuarão recebendo a maior parte dos aportes (35,5% do total), mas o segmento de fertilizantes, cobre e carvão começam a ganhar mais espaço na alocação dos recursos, confirmando a busca pela companhia pela diversificação de seu portfólio. A área de fertilizantes receberá US$ 2,5 bilhões no próximo ano, o que representa uma fatia de 10% no plano total, enquanto o segmento de metais base ficará com US$ 4,3 bilhões, ou 18% do total. A Vale destinará ainda US$ 5 bilhões à área de logística para dar suporte às suas operações de minério de ferro, carvão e potássio. Carvão terá US$ 1,6 bilhão. Siderurgia ficará com US$ 677 milhões e a de energia, 794 milhões. A maior parte dos investimentos será realizada no Brasil: 63,8%. Cerca de US$ 1,9 bilhão serão aplicados no Canadá, seguido por Argentina (US$ 1,4 bilhão), Guiné (US$ 1,13 bilhão) e Moçambique (US$ 1,12 bilhão). Na China, a Vale investirá US$ 663 milhões em 2011. Em comunicado, a Vale informa que 18 grandes projetos entrarão em operação entre 2010-12, o que aumentará a capacidade de financiamento da empresa, "sem a necessidade de alavancar nosso balanço". Segundo a Vale, a entrada em operação desses projetos implica em iniciar a geração de caixa a partir de US$ 26 bilhões ao longo de seu desenvolvimento.

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