quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Pólo naval de Rio Grande produzirá plataformas em série

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou nesta quinta-feira que o Brasil se tornará pioneiro no desenvolvimento de plataformas "inéditas". Com a inauguração do pólo naval de Rio Grande (RS), a indústria naval brasileira iniciará a produção de oito plataformas em série, padronizadas. "Quase todas as plataformas em produção do mundo são feitas a partir da reforma de navios. Nós faremos diferente, vamos mostrar que podemos fazer mais e melhor", destacou o executivo, durante a cerimônia de inauguração do pólo naval. O projeto inicial em Rio Grande será a P-55, que segundo Gabrielli será a "primeira unidade construída para o pré-sal brasileiro". As obras da plataforma foram iniciadas em terra e serão concluídas no dique seco que compõe o pólo naval. Além de receber o primeiro dique seco brasileiro capaz de produzir plataformas em série, com 350 metros de comprimento e 130 metros de largura, o complexo gaúcho ainda recebe bilhões de reais de investimentos privados associados ao projeto, disse Gabrielli: "Já temos estaleiros funcionando aqui e empresas se instalando para construir as peças que necessitamos para outros projetos". O executivo também destacou que as plataformas construídas na região representarão a integração do País. Isso porque a cobertura da primeira plataforma, cuja montagem já está em andamento em Rio Grande, será integrada ao casco inferior, que está sendo construído em Pernambuco. A Petrobras tem o direito de uso exclusivo do polo por dez anos, por meio de contrato de locação. As obras do pólo naval foram iniciadas em agosto de 2006 e prevêem a construção de oito cascos para plataformas do tipo FPSO (navio-plataforma), a partir do primeiro semestre de 2011. O local tem uma área de 430 mil metros quadrados para construção e reparos de unidades marítimas para a indústria do petróleo, tais como plataformas flutuantes de perfuração, produção e de apoio. Segundo a Petrobras, o dique seco construído pela WTorre permite a construção simultânea de dois navios petroleiros ou duas plataformas. Com isso, há a expectativa de aumento da produtividade e redução dos custos das unidades.

Nenhum comentário: