quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Polícia Federal pede prorrogação de investigação sobre caso Erenice

Após 30 dias de investigação, a Polícia Federal pediu nesta quarta-feira a prorrogação do prazo para apurar as suspeitas de tráfico de influência na Casa Civil, envolvendo familiares da ex-ministra Erenice Guerra. No pedido, o delegado Roberval Vicalvi afirma que ainda não é possível concluir a investigação com os depoimentos prestados à Polícia Federal e pede mais tempo para trabalhar no inquérito. Alguém teve alguma certeza de que a Polícia Federal, conhecida como polícia política do petismo, chegaria a algum resultado nesta e em outras investigações envolvendo petralhas? Até agora, os principais envolvidos no caso, como os filhos da petista Erenice Guerra, braço direito de Dilma Rousseff, optaram pelo silêncio nos interrogatórios. Ainda não há prazo definido para o fim da investigação. No documento, o delegado elencou a Justiça Federal quais as diligências são necessárias para a conclusão do inquérito e então o juiz definirá o prazo. A Polícia Federal investiga se houve tráfico de influência na atuação da empresa Capital Consultoria, dos filhos de Erenice, em contratos e licenças do governo federal, em troca de uma "taxa de sucesso", o nome que o petralhismo dá a "propina". A petista Erenice Guerra foi demitida por Lula após o jornal Folha de S. Paulo publicar que o consultor Rubnei Quícoli, da empresa EDRB, disse ter sido procurado por representantes da Capital Consultoria para viabilizar financiamento do BNDES. Na mesma semana da demissão, a revista "Veja" também havia publicado reportagem que apontava que o filho de Erenice e a empresa Capital Assessoria e Consultoria Empresarial, à qual é ligado, fizeram lobby para ajudar a MTA a obter a renovação de uma concessão da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Após as acusações, o contrato dos Correios com a empresa foi revogado.

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