quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ossadas encontradas no Tocantins chegam ao Distrito Federal

Os restos mortais encontrados em Xambioá (TO) pelas equipes que procuram ossadas dos guerrilheiros desaparecidos do Araguaia, da aventura terrorista montada pelo PCdoB na segunda metade da década de 60, chegaram na noite de quarta-feira a Brasília, em um vôo da FAB (Força Aérea Brasileira) e foram encaminhados para o Instituto de Medicina Legal do Distrito Federal. Eles serão analisados por peritos do IML e do Instituto Nacional de Criminalística. Os restos podem ser de um dos integrantes da expedição terrorista do PCdoB. As escavações são feitas pelo Grupo de Trabalho de Tocantins, criado pelo Ministério da Defesa, em 2009. A expedição em Xambioá foi a sexta deste ano. "Em alguns sítios, localizamos vestígios humanos que, após exames iniciais, foram descartados como tendo sido de integrantes da guerrilha. Os únicos não descartados são os que trouxemos nesse vôo da FAB", disse Ricardo Nogueira, perito do IML. "Só os exames periciais a serem feitos em Brasília permitirão saber se a descoberta no Cemitério de Xambioá pertence ou não a um guerrilheiro, conforme as indicações que nos foram trazidas", completou ele. Ainda é incerto o tempo necessário para a conclusão das perícias. O prazo dependerá também da existência de amostras de DNA a serem disponibilizadas em bancos de dados de entidades de direitos humanos, associações de mortos e desaparecidos, entre outras fontes. A determinação de procura dos restos mortais de pessoas que participaram da Guerrilha e de militares partiu de decisão judicial da Justiça Federal em Brasília.

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