sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O peremptório Tarso dá sequência à "Estratégia Busato" com o PTB em fazenda de Bagé

Aquele tempo em que os comunistas do PT gaúcho se reuniam em botecos, salas infectas de sindicatos ou espartanos refeitórios de seminários estão totalmente perdidos no curto passado do partido que se dizia dos "trabalhadores". Agora os chefetes do PT se sofisticaram. E, para montar parte de seu governo, o sofisticado peremptório Tarso Genro se retirou para a proteção de uma estância em Bagé, outrora o símbolo do que há de mais nefasto para os socialista, ou seja, o templo do latifúndio. Ao perceber inquietação no PTB e no PDT com o anúncio de futuros secretários e negociações envolvendo a divisão das secretarias, o peremptório tratou de acelerar negociações no cenário bucólico da campanha, no meio do campo, em um convescote ao qual estiveram presentes, na quinta-feira, o presidente estadual do PTB, deputado estadual Luis Augusto Lara, e o onipresente mandachuva do neotrabalhismo gaúcho, esse lídimo herdeiro de Ivete Vargas, ainda senador Sérgio Zambiasi. Antes mesmo de decidir se participará do governo, a bancada do PTB já havia delimitado, inclusive, critérios objetivos para a conversa com o peremptório petista Tarso Genro: não aceitará ocupar menos do que exatos 19,3% do secretariado. Que tal? Ou seja, o peremptório Tarso Genro, peremptóriamente, está executando lances da "Estratégia Busato", aquela que é mais popularmente conhecida como "loteamento do governo". Tarso Genro quer que PTB e PDT já participem da comissão de transição que será instalada no início da próxima semana. Não é mesmo magnânimo este "new prince" da política gaúcha? A "Estratégia Busato" também teve lances episcopais na quinta-feira. O "new prince" Tarso Genro foi a Itaara, participar da convenção estadual com mais de mil pastores evangélicos ligados à Assembléia de Deus. E, lá, em mais um ato da "Estratégia Busato", ele levou uma intimada, e deu resposta. O pastor Ubiratan Batista Job disse a ele que a igreja iria se sentir "contemplada" com a aproveitamento do pastor Ronaldo Nogueira e de Jurandir Maciel em seu governo. Ronaldo Nogueira foi presidente da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social no governo Yeda Crusius (PSDB). E Jurandir Maciel foi vice-prefeito do governo de Marcos Ronchetti, do que PSDB, que o PT tanto satanizou. Especialmente o peremptório Tarso Genro, ex-comandante da KGB petista (a Polícia Federal), sabe muito bem do que essa administração foi capaz, porque as providenciais operações da KGB demonstraram isso para ele. O antigo revolucionário do PCdoB e do PCR se curvou totalmente aos ensinamentos do sindicalismo mafioso do ABC paulista. "Estratégia Busato" neles. Ah, e para realçar o cenário: na bucólica cena na estância em Bagé também estava presente o deputado federal reeleito Paulo Pimenta. Trata-se daquele petista de Santa Maria que adora mergulhar em carro do publicitário mineiro Marcos Valério (para quem não se lembra, o operador do esquema corruptor do Mensalão do PT); depois, flagrado, debulhar-se em pedidos de consideração ao falecido deputado federal gaúcho Julio Redecker, em ligações para o seu celular, que foram acompanhadas por testemunhas, pelo viva-voz, no saguão do aeroporto de Brasília.

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