quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Greve de três dias deixa Buenos Aires tomada por 20 mil toneladas de lixo

As ruas da capital argentina e sua periferia acumularam 20 mil toneladas de lixo em função de uma greve trabalhista que terminou nesta terça-feira, prejudicando 14 milhões de habitantes. A paralisação dos trabalhadores da estatal Coordenação Ecológica da Área Metropolitana teve início no domingo. Eles reivindicavam as obras prometidas para a construção de novos centros de processamento de resíduos. O chamado cinturão ecológico, localizado a 40 quilômetros a noroeste de Buenos Aires, processa cerca de dois milhões de toneladas de resíduos anuais. "Serão aplicadas novas tecnologias e será feito um pólo ambiental", anunciou o deputado peronista Jorge Manzini, líder do sindicato que organizou a greve. As autoridades da capital argentina, com três milhões de habitantes, chegaram a analisar a possibilidade de declarar estado de emergência sanitária, caso o protesto continuasse. Fabio López, líder do sindicato do setor, denunciou "esvaziamento da empresa", o que motivou o protesto no cinturão ecológico, onde são colocados os resíduos da área metropolitana. A prefeitura de Buenos Aires é dirigida por Mauricio Macri, empresário do setor do lixo, dono da empresa Qualix, que opera no Brasil. Está empresa quebrou em Cuiabá e teve seu contrato rompido unilateralmente. Está envolvida em Brasilia na corrupção dos últimos governos distritais. E recolhe o lixo de Porto Alegre de maneira muito precária, em flagrante descumprimento de várias cláusulas contratuais. Entretanto, o Tribunal de (Faz) Contas não se mexe, não fiscaliza, não faz nada. Em Buenos Aires são geradas quase 5.000 toneladas diárias de lixo.

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