terça-feira, 26 de outubro de 2010

Governo de São Paulo determina suspensão do andamento da licitação de lotes do metrô

O governador de São Paulo, Alberto Goldman, determinou nesta terça-feira a suspensão da licitação da linha 5 do metrô paulistano, nos seus lotes 3 a 8. Ele declarou: “Já li, já analisei, já verifiquei os vídeos. Mandei suspender o processamento do andamento da licitação. A licitação tinha terminado, nós assinamos os contratos na semana passada, mas as empresas ainda não receberam ordem de serviço. Então nós paralisamos o andamento dessas licitações e portanto paralisamos o andamento de qualquer obra. Não havia iniciado nenhuma obra, nenhum tostão foi gasto até agora. De qualquer forma, paralisamos até que tudo isso possa ser esclarecido”. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira, o jornal sabia desde abril os nomes das empresas que venceriam a licitação, cujo resultado só foi tornado público na última quinta-feira. Goldman afirmou ainda ter determinado que  a Casa Civil solicite uma investigação ao Ministério Público Estadual e à Corregedoria-Geral do Estado. O governador não descartou a possibilidade de ter havido formação de cartel entre as empreiteiras: “Isso sempre é uma possibilidade. Em qualquer licitação que se faça, essa possibilidade existe. Por isso é que se estabelecem preços-tetos. Aliás, na primeira licitação que foi feita, e nós a cancelamos, os preços todos estavam acima dos tetos, 30%, 40%, 50% acima dos tetos, e então foi refeito todo o processo licitatório”. O Metrô afirmou que também fará uma investigação. O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, defendeu a decisão do governador. É isso aí, constatou suspeita de fraude no processo licitatório, anula..... Mas, esse não é o comportamento de petistas na administração pública, e a Folha de S. Paulo, um jornal de alma petista, cuja redação é controlada por jornalistas petistas, não pensa assim. Vamos a um exemplo: a Folha de S. Paulo não dá uma linha sobre a maior, a mais monumental fraude com dinheiro público ja produzida no Brasil. E ocorreu em São Paulo. Mais precisamente, na prefeitura de São Paulo governada pela petista Marta Suplicy. Trata-se da fraude na licitação do lixo que ela comandou em sua gestão, uma concorrência no valor de 30 bilhões de reais, por uma concessão de serviços com prazo de 20 anos renovável por mais 20 anos, ou seja, de 40 anos. A licitação foi denunciada como fraudulenta pela administrador de empresas Enio Raffin, editor do site Máfia do Lixo (www.mafiadolixo.com.br). Na época da licitação, Ênio Raffin registrou em cartório os nomes das empresas que iriam vencer a licitação fraudada de Marta Suplicy. E não deu outra. Ele ingressou com uma ação popular que tramita na 8ª Vara de Fazenda Pública do Foro Central de São Paulo. O juiz que atua na causa é Luiz Sérgio Fernandes de Souza. O processo é o de nº 0011061-54.2004.8.26.0053 (053.04.011061-6). Até hoje não há uma decisão sequer de primeiro grau nesse processo. A Justiça paulista é conhecida como uma das mais inoperantes do País, e uma das mais corporativas. O atual presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cesar Peluso, é originário dela. Também tramita nessa mesma vara, uma ação cível de improbidade movida pelo Ministério Público paulista contra a licitação fraudada da administração da petista Marta Suplicy. Trata-se do processo nº 0031823-91.2004.8.26.0053 (053.04.031823-3). Apenas o juiz é diferente, neste atua o magistrado Adriano Marcos Laroca. Mas este processo também não anda. Provavelmente a Justiça paulista está esperando que termine o prazo da concessão de 20 anos para aí dar uma sentença no processo. E a Folha de S. Paulo não se move para acompanhar a tramitação destes processos, nem para cobrar que eles tenham uma decisão. Talvez porque a Folha de S. Paulo pense que fraude em gestão petista deve ser relevada, mesmo se a fraude envolve 30 bilhões de reais dos bolsos dos contribuintes paulistanos, aqueles mesmos dos quais a Folha de S. Paulo depende para sua sobrevivência. Não foram poucas as vezes em que o jornal paulistano se recusou a tratar do assunto em matérias específicas. A ombudsman da Folha de S. Paulo, Suzana Singer, pertence a um dos mais tradicionais clãs petistas do País. Ela é filha do economista Paul Singer, fundador do PT e um dos secretários nacionais da Presidência da República. Ela é irmã de André Singer, ex-porta-voz de Lula na Presidência da República. Recentemente a Folha de S. Paulo também adicionou aos seus comentaristas o matemático Claudio Weber Abramo. Ele é membro de outro clã familiar fundador do PT, o dos Abramo. Seu tio, já falecido, jornalista Perseu Abramo, dá o nome para a fundação do PT. E a edição da Folha Online é notoriamente pró-petista nesta campanha eleitoral. A Folha de S. Paulo também abrigou na coluna da jornalista Monica Bergamo uma fofoca sobre aborto da mulher de José Serra. Nesse caso, deveria no mínimo ter feito à petista Dilma Rousseff se ela já tinha praticado aborto em sua vida, já que sempre se portou a favor da descriminalização do aborto no País. Essa é a Folha de S. Paulo. Jornais começam a morrer muito antes de pararem as máquinas rotativas. Foi o que ocorreu com o Jornal do Brasil. É o que está ocorrendo, em Paris, com o esquerdopata Le Monde.

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