sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Família Tuma declara segundo voto a Netinho para Senado em São Paulo

O vereador e cantor Netinho de Paula (PCdoB), candidato ao Senado por São Paulo, conhecido como agressor de mulheres, e companheiro de chapa do PT e da feminista petista ricação Marta Suplicy, recebeu nesta quinta-feira declaração de apoio da família do senador Romeu Tuma (PTB). Romeu Tuma Júnior ligou para Netinho para dizer que o senador disse estar indignado com a "campanha promovida contra Netinho", referindo-se às denúncias envolvendo o candidato. Segundo Netinho, as matérias na imprensa e as ofensas que recebeu pela internet são uma espécie de "bullying" no cenário político. Tuma está internado desde o dia 2 de setembro no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo instaurou um inquérito para apurar se Netinho omitiu de sua declaração de bens à Justiça Eleitoral o imóvel em que mora, em Alphaville, no município de Barueri. A investigação é um pedido da Promotoria Eleitoral da cidade. Netinho mora em uma casa avaliada em cerca de R$ 2 milhões. O cantor, no entanto, não declarou o imóvel à Justiça Eleitoral. Ele disse ao partido que o bem foi doado aos filhos e está apreendido pela Justiça por conta de processos trabalhistas aos quais responde. Em 2005, Netinho, que divide a liderança na disputa pelo Senado, foi acusado de espancar a ex-companheira Sandra Mendes. O candidato comunista já tinha sido condenado por agredir e ofender uma funcionária da Vasp, em julho de 2001. O vereador foi processado pelo Ministério Público sob a acusação de ter dado uma "chave de braço" em Nilda Pisetta, supervisora da extinta companhia aérea. O senador Romeu Tuma chefiou o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) de São Paulo durante a ditadura militar. No DOPS proliferou a tortura e os assassinatos. Lá reinou o famigerado delegado Luis Sérgio Paranhos Fleury, que era subordinado de Romeu Tuma. Fleury, notório chefe de esquadrão da morte, foi cedido por empréstimo para o DOI-CODI, centro de tortura do Exército, que funcionou nas dependências da delegacia de polícia da Rua Tutóia, no bairro de Vila Mariana, em São Paulo.

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