sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Exportações de milho e açúcar têm recordes em setembro

As exportações de milho do Brasil somaram 1,93 milhão de toneladas em setembro, um novo recorde mensal, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Brasil (Secex) divulgados nesta sexta-feira, que apontaram também elevados embarques de açúcar. A melhor marca mensal para as vendas externas de milho havia sido registrada em outubro de 2007, quando o Brasil exportou 1,8 milhão de toneladas. Com base na movimentação dos navios durante o mês, as exportações de setembro atingiram um recorde, com as tradings tirando proveito de um programa do governo que subvenciona o frete até os portos e também por uma boa demanda pelo produto nacional. Em agosto, as exportações de milho já tinham registrado um volume relativamente elevado, de 1,19 milhão de toneladas. Em setembro de 2009, os embarques somaram 716 mil toneladas. No acumulado do ano, as exportações de milho somam 5,43 milhões de toneladas, contra 4,6 milhões de toneladas no mesmo período de 2009. Os embarques de milho cresceram num mês em que os de soja tiveram queda, para 2 milhões de toneladas, já que os maiores volumes da oleaginosa já foram embarcados seguindo o ritmo da colheita. No momento, as tradings aproveitam a relativa folga na logística de exportação de grãos para trabalhar com o milho, já que a logística limitada no Brasil dificultaria exportações de grandes volumes dos dois grãos ao mesmo tempo. Em agosto, as exportações de soja somaram 2,96 milhões de toneladas. Apesar do recorde de exportação de milho do Brasil, um país que consome a maior parte de sua produção internamente, com sua forte indústria de carnes, a receita gerada com os embarques do cereal é pequena comparada com a de outras commodities. Os embarques de 1,93 milhão de toneladas geraram divisas de 365,3 milhões de dólares, contra 519 milhões de dólares das exportações de frango, com embarques de 312 mil toneladas. A "indústria" de frango é a principal consumidora de milho do Brasil. Mas o destaque em termos de receita das commodities agrícolas em setembro ficou para o açúcar, cujas exportações do produto bruto e refinado somaram 1,45 bilhão de dólares, ante 900 milhões de dólares no mesmo mês do ano passado, superando ligeiramente o complexo soja (grão, farelo e óleo), com 1,43 bilhão de dólares. As exportações de açúcar (bruto e refinado) também atingiram um recorde no mês passado, somando 3,3 milhões de toneladas, contra 3,2 milhões de toneladas do recorde anterior registrado em agosto. Em setembro, as exportações de açúcar tiveram o seu terceiro recorde mensal seguido, com a demanda internacional fortemente concentrada no Brasil, o maior produtor e exportador mundial. As exportações de açúcar bruto somaram 2,37 milhões de toneladas em setembro, contra 2,2 milhões de toneladas em agosto e ante 1,88 milhão de toneladas em setembro do ano passado. Já as exportações de açúcar refinado somaram 969,7 mil toneladas, ante 665,5 mil toneladas no mesmo mês de 2009. E pela fila de navios nos portos brasileiros, que se mantém acima de 100 embarcações, os embarques em outubro devem continuar elevados, como ocorreu nos últimos meses. Os congestionamentos nos portos brasileiros causados pela grande demanda pelo produto nacional geraram preocupações sobre atrasos nas entregas do produto, elevando os preços internacionais nos últimos meses. Isso é o que o governo petista de Lula conseguiu, fazer o Brasil regredir e se tornar, novamente, apenas um exportador de commodities primárias. E ao mesmo tempo importar tudo quanto é badulaque industrializado.

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