terça-feira, 5 de outubro de 2010

Eleição de Tiririca é considerada "deprimente" pela imprensa internacional

A eleição do palhaço Tiririca (PR) para deputado federal com 1,35 milhão de votos válidos foi destaque na imprensa internacional. O blog "Americas", da revista britânica "The Economist", afirmou ser "deprimente" e "estranho" um país que tem a "tecnologia maravilhosa" das urnas eletrônicas eleger Tiririca com um milhão de votos. Afirma ainda que a lei eleitoral brasileira induz à corrupção já que os candidatos com grande votação ajudam a eleger outros candidatos do mesmo partido ou coligação. Esse sistema, diz o blog, cria "olheiros" em busca de candidatos "puxadores" de votos. O "Blog Post", do jornal americano "Washington Post", colocou o vídeo da propaganda eleitoral de Tiririca em seu site e afirmou que o palhaço deveria estar na lista dos "melhores anúncios políticos". O post também fala sobre a denúncia de suspeita de que o deputado eleito seja analfabeto. A rede televisiva americana "CBS" afirmou em seu site que "os americanos podem achar que a nação é conduzida por um grupo de palhaços em Washington, mas milhares de cidadãos brasileiros foram às urnas no domingo para eleger um palhaço de verdade para o Congresso". O site do jornal britânico "Financial Times" diz que Tiririca é um "sarcástico protesto do sistema político atual". O texto lembrou que atores e comediantes frequentemente se tornam políticos, como Arnold Schwarzenegger que foi eleito governador da Califórnia em 2003. No entanto, para o jornal, Tiririca parecia não ter pretensão de ser eleito. "A campanha dele foi beneficiada com uma cobertura pesada da mídia e produziu bem e muitos vídeos engraçados que se tornaram virais na internet. Eles misturaram um cinismo brutal com uma sátira despreocupada da propaganda política", diz o texto. A BBC diz que analistas explicam a popularidade de Tiririca como reflexo da desilusão com escândalos políticos. Estrangeiros dos países do chamado Primeiro Mundo parecem se levar muito a sério. Eles são de países que, por exemplo, já elegeram Hitler, Petain, o disléxico George Bush, Berlusconi, e ainda se acham no direito de fazer crítica aos eleitores de São Paulo. Por que não criticam que os brasileiros tenham dado a maioria de votos no primeiro turno a "um poste"?

Nenhum comentário: